Serviço Geológico do Brasil desenvolve atividades relacionada à Geologia Marinha
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Serviço Geológico do Brasil desenvolve atividades relacionada à Geologia Marinha
18/05/2023 às 00h00
| Atualizado em: 01/03/2024
Objetivo é produzir informações geológicas e oceanográficas e contribuir para o desenvolvimento de atividades de exploração mineral e gestão ambiental da zona costeira
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A Geologia marinha ou oceanografia geológica, também conhecida como oceanografia abiótica, é o estudo da formação e estrutura do fundo do mar. Estuda a sedimentologia, a geomorfologia, a geofísica, a geoquímica e os processos morfodinâmicos marinhos e costeiros. A geologia marinha tem fortes ligações com a geofísica e com a oceanografia.
A Plataforma Continental Jurídica Brasileira, ou a área oceânica que integra o território nacional, corresponde a dois terços do nosso território emerso. Ou seja, o Brasil tem uma área oceânica quase tão grande quanto a área do continente e conhece muito pouco dela.
Baseado nesse contexto, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) tem a Divisão de Geologia Marinha (DIGEOM), vinculada à Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM), que desenvolve atividades de pesquisa relacionadas aos oceanos, na Zona Costeira (ZC), na Plataforma Continental Jurídica Brasileira (PCJB) e em regiões oceânicas internacionais (AREA).
A DIGEOM tem, como responsabilidade, auxiliar no levantamento de dados sobre a Plataforma Continental Brasileira. “As pesquisas marinhas realizam estudos que caracterizam e aprofundam a compreensão sobre os recursos minerais e avaliam, em cada caso, se eventualmente o recurso tem potencial para aproveitamento ou se aqueles ambientes possuem necessidade de maior proteção. Em outras palavras, o conhecimento fruto das pesquisas permite categorizar os diferentes ambientes e recursos e melhor direcionar a gestão ambiental e possíveis usos estratégicos”, explicou a Luciana Felício Pereira, chefe da Divisão de Geologia Marinha (DIGEOM).
A Divisão estuda as características químicas e físicas de rochas e sedimentos coletados em área oceânica, além das especificidades como idade de origem, batimetria dos oceanos, recursos minerais e ambientais marinhos e processos de erosão costeira.
Para Luciana, as crescentes demandas de materiais e de proteção do meio ambiente, apesar de contrapostas, andam no mesmo caminho, forçando o reconhecimento e o mapeamento do território nacional emerso (continente) e submerso (oceanos), com o objetivo de inventariar e direcionar estudos, pesquisas e políticas públicas para o adequado aproveitamento e proteção das riquezas de forma sustentável.
O trabalho da DIGEOM também abrange a condução de pesquisas de acordo com as diretrizes gerais recomendadas pela Política Nacional para os Recursos do Mar (PNRM), que tem como finalidade orientar o desenvolvimento das atividades que visem à utilização, exploração e aproveitamento dos recursos não vivos, minerais e energéticos do Mar Territorial, da Zona Econômica Exclusiva e da Plataforma Continental.
A Política Nacional para os Recursos do Mar possui ações que fazem parte de três grandes programas estabelecidos pela Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM). São eles:
• Programa de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira (LEPLAC), que visa estabelecer o limite exterior da Plataforma Continental Estendida, além das 200 milhas, com base na aplicação dos critérios do artigo 76 da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM).
• Programa de Avaliação da Potencialidade Mineral da Plataforma Continental Jurídica Brasileira (REMPLAC), que visa identificar a potencialidade dos recursos minerais marinhos da Amazônia Azul.
• Programa de Prospecção e Exploração dos Recursos Minerais da Área Internacional do Atlântico Sul e Equatorial (PROAREA), que tem o propósito de identificar e avaliar a potencialidade mineral de áreas marítimas localizadas fora da jurisdição nacional, com importância econômica e político-estratégica para o Brasil.
O planejamento da execução desses programas contempla a ampliação de acordos de cooperação nacionais e internacionais, a consolidação de bases de dados integradas com diversos parceiros e setores, a realização de pesquisas direcionadas aos recursos minerais, a elaboração de cartas temáticas que deem suporte, de acordo com o desenvolvimento sustentável, às futuras atividades de mineração, e o maior investimento na inovação do desenvolvimento científico e tecnológico.
Atualmente a Divisão de Geologia Marinha desenvolve diversos projetos, dentre eles:
1. Mapeamento de minerais estratégicos na Elevação do Rio Grande. 2. Avaliação da potencialidade de Fosforitas Marinhas no Terraço do Rio Grande e na Plataforma de Florianópolis. 3. Mapeamento das condições oceânicas para implantação de porto e energia eólica offshore na costa do Rio Grande do Norte. 4. Mapeamento de granulados marinhos na costa do Atlântico Equatorial – Nordeste e Norte. 5. Mapeamento de ocorrência de metais nobres na Cordilheira Meso-Atlântica Equatorial – águas internacionais.
Primeiro laboratório de Geologia Marinha (GeMar)
Em abril de 2022, em Recife, foi inaugurado o primeiro laboratório de Geologia Marinha (GeMar) do Serviço Geológico do Brasil, com 5 mil amostras coletadas no leito marinho e na zona costeira.
Ao longo de 2022, o GeMar trabalhou em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e prestou apoio na análise granulométrica de cerca de 600 amostras de sedimentos, distribuídas em cinco projetos desenvolvidos nos estuários e praias do Nordeste.
“No fim do ano passado, recebemos cerca de 200 amostras brutas do Projeto Fosforitas Marinhas da DIGEOM, que estão sendo preparadas para análise em 2023. Essas amostras passarão por análises granulométricas, composicionais e morfoscópicas. Além disso, elas serão preparadas e enviadas para análises químicas e mineralógicas para outros laboratórios do SGB ou parceiros externos. Os resultados deste estudo devem ser publicados entre 2023 e 2024”, informou Márcio Martins Valle, analista em Geociências e oceanógrafo.
Saiba mais sobre outros projetos desenvolvidos, que podem contribuir para a mineração brasileira na Divisão de Geologia Marinha, no site do Serviço Geológico do Brasil
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil Ministério de Minas e Energia Governo Federal Imprensa@sgb.gov.br
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A Geologia marinha ou oceanografia geológica, também conhecida como oceanografia abiótica, é o estudo da formação e estrutura do fundo do mar. Estuda a sedimentologia, a geomorfologia, a geofísica, a geoquímica e os processos morfodinâmicos marinhos e costeiros. A geologia marinha tem fortes ligações com a geofísica e com a oceanografia.
A Plataforma Continental Jurídica Brasileira, ou a área oceânica que integra o território nacional, corresponde a dois terços do nosso território emerso. Ou seja, o Brasil tem uma área oceânica quase tão grande quanto a área do continente e conhece muito pouco dela.
Baseado nesse contexto, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) tem a Divisão de Geologia Marinha (DIGEOM), vinculada à Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM), que desenvolve atividades de pesquisa relacionadas aos oceanos, na Zona Costeira (ZC), na Plataforma Continental Jurídica Brasileira (PCJB) e em regiões oceânicas internacionais (AREA).
A DIGEOM tem, como responsabilidade, auxiliar no levantamento de dados sobre a Plataforma Continental Brasileira. “As pesquisas marinhas realizam estudos que caracterizam e aprofundam a compreensão sobre os recursos minerais e avaliam, em cada caso, se eventualmente o recurso tem potencial para aproveitamento ou se aqueles ambientes possuem necessidade de maior proteção. Em outras palavras, o conhecimento fruto das pesquisas permite categorizar os diferentes ambientes e recursos e melhor direcionar a gestão ambiental e possíveis usos estratégicos”, explicou a Luciana Felício Pereira, chefe da Divisão de Geologia Marinha (DIGEOM).
A Divisão estuda as características químicas e físicas de rochas e sedimentos coletados em área oceânica, além das especificidades como idade de origem, batimetria dos oceanos, recursos minerais e ambientais marinhos e processos de erosão costeira.
Para Luciana, as crescentes demandas de materiais e de proteção do meio ambiente, apesar de contrapostas, andam no mesmo caminho, forçando o reconhecimento e o mapeamento do território nacional emerso (continente) e submerso (oceanos), com o objetivo de inventariar e direcionar estudos, pesquisas e políticas públicas para o adequado aproveitamento e proteção das riquezas de forma sustentável.
O trabalho da DIGEOM também abrange a condução de pesquisas de acordo com as diretrizes gerais recomendadas pela Política Nacional para os Recursos do Mar (PNRM), que tem como finalidade orientar o desenvolvimento das atividades que visem à utilização, exploração e aproveitamento dos recursos não vivos, minerais e energéticos do Mar Territorial, da Zona Econômica Exclusiva e da Plataforma Continental.
A Política Nacional para os Recursos do Mar possui ações que fazem parte de três grandes programas estabelecidos pela Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM). São eles:
• Programa de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira (LEPLAC), que visa estabelecer o limite exterior da Plataforma Continental Estendida, além das 200 milhas, com base na aplicação dos critérios do artigo 76 da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM).
• Programa de Avaliação da Potencialidade Mineral da Plataforma Continental Jurídica Brasileira (REMPLAC), que visa identificar a potencialidade dos recursos minerais marinhos da Amazônia Azul.
• Programa de Prospecção e Exploração dos Recursos Minerais da Área Internacional do Atlântico Sul e Equatorial (PROAREA), que tem o propósito de identificar e avaliar a potencialidade mineral de áreas marítimas localizadas fora da jurisdição nacional, com importância econômica e político-estratégica para o Brasil.
O planejamento da execução desses programas contempla a ampliação de acordos de cooperação nacionais e internacionais, a consolidação de bases de dados integradas com diversos parceiros e setores, a realização de pesquisas direcionadas aos recursos minerais, a elaboração de cartas temáticas que deem suporte, de acordo com o desenvolvimento sustentável, às futuras atividades de mineração, e o maior investimento na inovação do desenvolvimento científico e tecnológico.
Atualmente a Divisão de Geologia Marinha desenvolve diversos projetos, dentre eles:
1. Mapeamento de minerais estratégicos na Elevação do Rio Grande. 2. Avaliação da potencialidade de Fosforitas Marinhas no Terraço do Rio Grande e na Plataforma de Florianópolis. 3. Mapeamento das condições oceânicas para implantação de porto e energia eólica offshore na costa do Rio Grande do Norte. 4. Mapeamento de granulados marinhos na costa do Atlântico Equatorial – Nordeste e Norte. 5. Mapeamento de ocorrência de metais nobres na Cordilheira Meso-Atlântica Equatorial – águas internacionais.
Primeiro laboratório de Geologia Marinha (GeMar)
Em abril de 2022, em Recife, foi inaugurado o primeiro laboratório de Geologia Marinha (GeMar) do Serviço Geológico do Brasil, com 5 mil amostras coletadas no leito marinho e na zona costeira.
Ao longo de 2022, o GeMar trabalhou em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e prestou apoio na análise granulométrica de cerca de 600 amostras de sedimentos, distribuídas em cinco projetos desenvolvidos nos estuários e praias do Nordeste.
“No fim do ano passado, recebemos cerca de 200 amostras brutas do Projeto Fosforitas Marinhas da DIGEOM, que estão sendo preparadas para análise em 2023. Essas amostras passarão por análises granulométricas, composicionais e morfoscópicas. Além disso, elas serão preparadas e enviadas para análises químicas e mineralógicas para outros laboratórios do SGB ou parceiros externos. Os resultados deste estudo devem ser publicados entre 2023 e 2024”, informou Márcio Martins Valle, analista em Geociências e oceanógrafo.
Saiba mais sobre outros projetos desenvolvidos, que podem contribuir para a mineração brasileira na Divisão de Geologia Marinha, no site do Serviço Geológico do Brasil
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