Rio Madeira passa dos 15,4 m em Porto Velho (RO)

11/03/2025 às 20h47
 | Atualizado em: 11/03/2025 às 20h47
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Novo boletim do Serviço Geológico do Brasil indica tendência de elevação na capital, caso as previsões de chuva se confirmem para bacia

Foto: André Dib/National Geographic

Porto Velho (RO) - O Rio Madeira segue acima da cota de alerta (15 m) em Porto Velho (RO). De acordo com o novo boletim de alerta hidrológico do Serviço Geológico do Brasil (SGB), foi registrada a marca de 15,47 m nesta terça-feira (11). O monitoramento em tempo real e os boletins com informações estão disponíveis na plataforma do Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Madeira.

A tendência é que os níveis continuem subindo caso as previsões de chuva se confirmem, explica o pesquisador em geociências do SGB Marcus Suassuna: “Para os próximos 14 dias, estão previstos cerca de 200 mm de precipitação, distribuídos uniformemente, o que sugere que as chuvas devem persistir. No entanto, as chuvas previstas ainda não indicam que o rio se aproximará da cota de inundação de 17 m em Porto Velho.”

Apesar disso, o SGB segue atento ao cenário e monitorando os rios da bacia. “Sempre há incertezas nas previsões, especialmente em relação às chuvas que ocorrem sobre a Bolívia, que são as principais causadoras de cheias no Madeira. O monitoramento contínuo é essencial para acompanhar a evolução das cheias, informou Suassuna.

Em toda a bacia do Rio Madeira, os níveis estão em elevação, mas dentro da faixa de normalidade. Na estação de Guajará-Mirim (RO), o rio está acima dos 10 m e próximo à cota de alerta (10,20 m). No município de Nova Mamoré (RO), foi observada a cota de 17 m, e em Ji-Paraná (RO), o rio está na marca de 10,33 m. 

Entenda as cotas
Por meio das chamadas “Cotas de Referência”, o SGB informa sobre os impactos associados aos níveis dos rios:

  • Cota de Atenção: possibilidade moderada de ocorrência de inundação;
  • Cota de Alerta: possibilidade elevada de ocorrência de inundação;
  • Cota de Inundação: primeiros danos podem ser observados no município;
  • Cota de Inundação Severa: danos severos ao município.


Parceria 
O monitoramento dos rios é feito a partir de estações telemétricas e convencionais, que fazem parte da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O SGB opera cerca de 80% das estações, gerando informações que apoiam os sistemas de prevenção de desastres, a gestão dos recursos hídricos e pesquisas. As informações estão disponíveis na plataforma SACE.
 

Larissa Souza
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br 

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