O pesquisador Albert Cardoso realiza formação (fellowship) em Viena para estudos na área de hidrologia isotópica
 

Brasília (DF) –  O Serviço Geológico do Brasil (SGB) segue fortalecendo a atuação como centro de referência em hidrologia isotópica por meio de cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA). Nesse contexto, o pesquisador em recursos hídricos do SGB Albert Cardoso realiza uma bolsa de pesquisa de quatro semanas em Viena, na sede da agência.

O intercâmbio amplia a capacidade técnica do SGB e é fundamental para fortalecer o monitoramento de rios e aquíferos. “A iniciativa permite acesso a boas práticas internacionais e ao uso de novas tecnologias, preparando o SGB para responder aos desafios da gestão hídrica no Brasil e na América Latina”, reforça Cardoso.
 

Durante o período, Cardoso participou de treinamentos em modelagem hidrológica com uso de isótopos (JAMS/J2000-iso) e em modelos aplicados à gestão dos recursos hídricos. Nas duas últimas semanas, tem aplicado essas ferramentas em estudos de bacias brasileiras e na análise de dados do projeto coordenado pela IAEA sobre áreas úmidas.
 

A experiência proporciona o domínio de novas metodologias e marca um avanço no desenvolvimento profissional do pesquisador, com reflexos diretos no fortalecimento institucional do SGB, a partir do conhecimento sobre novas metodologias. A modelagem hidrológica com uso de isótopos é uma abordagem inovadora e reduz incertezas nos balanços hídricos ao identificar com maior clareza a contribuição de diferentes fontes de água (chuva, solo, aquífero) para os rios.

Essa ferramenta está sendo inicialmente aplicada na Bacia do Rio Jacaré-Guaçu (SP) e será expandida para regiões estratégicas como a zona de recarga do Aquífero Guarani, na fronteira com a Argentina.

A participação na formação se soma a outros esforços recentes que consolidam o SGB e o Programa Nacional de Aplicações Isotópicas em Hidrologia da instituição como referências no tema. As iniciativas ampliam a capacidade de oferecer diagnósticos robustos, apoiar políticas públicas e estimular a cooperação regional, em especial com países vizinhos que compartilham aquíferos e bacias transfronteiriças.

Larissa Souza
Núcleo de Comunicação
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