Serviço Geológico do Brasil realiza mapeamento em Várzea Grande (MT) para apoiar gestão territorial e prevenção de desastres

29/04/2025 às 16h16
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Estudos servem de base para a elaboração de planos diretores, projetos de urbanização e políticas ambientais

Divulgação/ SGB

Várzea Grande (MT) - O Serviço Geológico do Brasil (SGB) realizou, de 6 a 18 de abril de 2025, em Várzea Grande (MT), o levantamento para a elaboração das Cartas de Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa e Inundações e das Cartas Geomorfológicas Municipais. O trabalho revelou que o município, situado integralmente na Depressão ou Baixada Cuiabana, tem grande parte da ocupação urbana sobre áreas naturalmente suscetíveis às Inundações, como planícies de inundação e brejos, podendo assim, também gerar muitos pontos de alagamentos.

O mapeamento também apontou problemas como a ocupação desordenada e o aterramento de áreas alagadiças, o que compromete a drenagem natural e reduz a disponibilidade hídrica, agravando o abastecimento urbano. Foram identificadas diversas nascentes de água subterrânea que, embora importantes para o equilíbrio ambiental, estão sendo negligenciadas.

Para os pesquisadores em geociências Deyna Pinho e José Antônio da Silva, o trabalho realizado em Várzea Grande é um passo importante para enfrentar os desafios urbanos e ambientais do município. "As informações que levantamos permitem aos gestores públicos planejar ações mais seguras e sustentáveis, reduzindo a exposição aos riscos para a população e preservando recursos naturais essenciais, como as águas subterrâneas, que são vitais para o futuro da cidade", destacaram.

O material produzido será entregue às autoridades locais e ficará disponível para consulta pública, servindo de base para a elaboração de planos diretores, projetos de urbanização e políticas ambientais.

Cartas de suscetibilidade e cartas geomorfológicas 

As cartas de suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa e Inundações indicam áreas com maior probabilidade de ocorrência de deslizamentos, corridas de massa, inundações e enxurradas, tanto em zonas urbanas quanto rurais. Criadas no âmbito do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, essas cartas subsidiam políticas públicas voltadas à ordenação do território e à adoção de medidas preventivas contra desastres naturais.

Já as cartas geomorfológicas são ferramentas fundamentais para o planejamento territorial. Elas fornecem informações detalhadas sobre a morfologia do terreno, identificando feições como mangues, planícies de inundação, restingas, montanhas e colinas. Esse conhecimento permite reconhecer as potencialidades e fragilidades da região, orientando a ocupação do solo e a gestão de recursos naturais. O mapeamento geomorfológico também apoia a definição de áreas aptas para agricultura, expansão urbana ou turismo, além de delimitar zonas que necessitam de proteção ambiental.

Simone Goulart
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br 


 

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