O documento corresponde à atualização de um estudo realizado em 2016. Os números apontam que houve um aumento exponencial de áreas de risco em 2022
Com o objetivo de subsidiar o poder público na tomada de decisões relacionadas às políticas de ordenamento territorial e prevenção de desastres, o Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) divulgou, nesta quarta-feira (28), uma atualização do mapeamento de áreas de risco do município Fonte Boa, no estado do Amazonas. O estudo foi elaborado pelos pesquisadores em Geociências do SGB-CPRM, Elton Rodrigo Andretta e Levi Souza Callegario. O relatório corresponde aos resultados, atualizados este ano, da setorização de áreas de risco geológico dos bairros Pai Sabá e São Francisco 1 e 2; da rua Campo Pastori; e da Comunidade Costa da Ilha. A última análise foi feita em 2016. De acordo com o documento, foram observadas áreas suscetíveis a movimentos de massa, processos hídricos, erosão, subsidência, solapamento ou colapso, além de expansão e contração de argilas; em que foram classificadas como áreas de risco alto e muito alto. Em comparação ao ano de 2016, a análise de 2022 constatou um aumento significativo do número de áreas de risco e de moradias sujeitas a avarias graves, além do número exponencial de pessoas sujeitas a riscos. Em 2016, foram consideradas áreas de risco muito alto: três áreas, cerca de 50 imóveis, e 200 pessoas; como risco muito alto havia três áreas, 34 imóveis, e 136 pessoas. Já, em 2022, os números de setores em risco alto saltam para quatro áreas, 73 imóveis e 365 pessoas. Para risco muito alto foram delimitadas cinco áreas, com 119 imóveis e 595 pessoas. Os pesquisadores identificaram que o aumento se deu, principalmente, em áreas perto de vertentes íngremes que circundam paranás e igarapés. Segundo a norma municipal vigente, essas áreas estão protegidas por lei e devem ser resguardadas, sendo altamente restrita a possibilidade de ocupação. Foi observado que as localidades mapeadas em Fonte Boa parecem responder a um padrão na maior parte das áreas. Esse padrão é identificado como moradias construídas perto de vertentes desnudas, próximas a vegetação dentro do perímetro urbano, onde é comum a presença de bananeiras nos solos, facilitando o acúmulo de água nas raízes, acelerando o processo de deslizamento planar. Outros fatores catalisadores desse movimento são: presença de fossas sépticas, uso de terraplanagem, sem a devida compactação, para construção de moradias e mudanças drásticas da vegetação local. Também foram identificadas áreas de risco geológico associadas a processos hídricos. Dois setores foram mapeados contendo esse tipo de problema: a rua Campo Pastori e a Comunidade Costa da Ilha. Ambas apresentam risco muito alto de inundação. No primeiro caso, casas foram construídas na planície fluvial de um igarapé que corta o interior da zona urbana, a sul do paraná principal. A estrada que corta a área foi aterrada, mas ainda assim inunda em épocas de cheias do rio Solimões. Já no segundo caso, a comunidade Costa da Ilha está localizada em um terreno natural, onde formam-se planícies de inundação. Esta área é constantemente inundada pelas cheias. Acesse o estudo completo: https://rigeo.cprm.gov.br/handle/doc/23209. Priscilla Klein Núcleo de Comunicação Serviço Geológico do Brasil - CPRM Ministério de Minas e Energia imprensa@sgb.gov.br
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