Novo Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil reforça importância do SGB para apoiar prevenção de desastres

17/10/2025 às 16h48
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Governo federal publicou decreto estabelecendo os princípios, diretrizes e objetivos do PNPDC, que será lançado nos próximos meses

Foto: Divulgação/SGB

Brasília (DF) – O país contará, em breve, com o novo Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDC), que reforça o papel do Serviço Geológico do Brasil (SGB) nas ações de prevenção de desastres. Na última semana, o governo federal publicou decreto estabelecendo os princípios, diretrizes e objetivos do PNPDC, que é o principal instrumento de gestão de riscos de desastres no Brasil. A previsão é que o documento seja lançado nos próximos meses. 

O SGB é o órgão do governo federal responsável pelo mapeamento de áreas de risco e capacitações em risco geológicos e hidrológicos. Além disso, opera 80% das estações da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), gerando dados para os Sistemas de Alerta Hidrológico. Com o trabalho, o SGB contribui para fornecer dados, análises e produtos técnicos que fortalecem políticas públicas e ampliam a capacidade de prevenção e respostas  a desastres.

“O novo plano fortalece as ações desenvolvidas pelo SGB para a prevenção de desastres no país, tornando o SGB, cada vez mais, uma referência no tema em âmbito nacional. Já somos responsáveis por várias dessas ações previstas e o documento deixa ainda mais claras as nossas atribuições”, reforçou o chefe do Departamento de Gestão Territorial, Diogo Rodrigues. 

Construção do plano 

Ao longo do processo de elaboração do plano, o SGB participou ativamente de workshops e discussões, relacionadas especialmente ao mapeamento de áreas de riscos, monitoramento hidrológico, estudos sobre eventos extremos e à experiência na operação de sistemas de alerta hidrológico. 

“Levamos para o debate nossa expertise consolidada na produção de informações qualificadas, essenciais para subsidiar a tomada de decisão em situações de risco e desastres. Antes, a Defesa Civil trabalhava predominantemente com alertas meteorológicos. A incorporação da hidrologia, com base em dados observacionais e limiares de cotas de referência (atenção, alerta, inundação e inundação severa)  e prognósticos de níveis dos rios, representa uma contribuição importante do SGB ao PNPDC. Uma boa previsão hidrológica começa com um bom gerenciamento de dados e informações”, ressaltou a chefe do Departamento de Hidrologia, Andrea Germano.

Conforme as metas do plano, o SGB exercerá as seguintes ações:

  • Produzir mapeamentos voltados a prevenção de desastres de todos os municípios brasileiros;
  • Mapear e quantificar população localizada em área de risco;
  • Realizar estudos que possam identificar e atribuir mudanças de comportamentos de eventos hidrológicos extremos de cheias e secas ao longo das últimas décadas;
  • Realizar estudos que possam identificar e atribuir mudanças de comportamentos de chuvas intensas ao longo das últimas décadas;
  • Monitorar, por meio de estações fluviométricas, todos os municípios suscetíveis a inundações identificadas em mapeamentos de áreas de risco;
  • Expandir para todos os pontos da Rede Hidrometeorológica Nacional de Referência (RHNR) de referência modelos de previsão de vazões e níveis em diversas escalas de tempo;
  • Promover cursos de capacitação à sociedade civil a fim de disseminar o conhecimento em prevenção de desastres;
  • Promover cursos de capacitação para entes das Defesas Civis em todas as esferas de governo;
  • Promover cursos de extensão e de pós graduação em universidades, abordando a temática de prevenção de desastres;
  • Criar uma base padronizada em ambiente SIG integradora de mapeamentos voltados à prevenção de desastres;
A elaboração do PNPDC foi conduzida pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), com cooperação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O processo foi coordenado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e contou com atuação de mais três instituições de pesquisa: Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e a Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), formando um consórcio de instituições de pesquisa.

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