Produto elaborado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) oferece informações técnicas sobre aquíferos e gera subsídios para gestão dos recursos
 

Brasília (DF) – Mato Grosso do Sul, a partir de 2025, passou a contar com um estudo essencial para a gestão sustentável das águas subterrâneas: o Mapa Hidrogeológico Estadual, lançado recentemente pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB). Esse trabalho apresenta informações detalhadas sobre as reservas subterrâneas de água doce e indica que, no estado, há 16 unidades hidroestratigráficas, uma combinação dos aquíferos com produtividade, sendo alguns caracterizados por alta produtividade  de água e outros por baixa capacidade de armazenamento.

“O Mapa Hidrogeológico de Mato Grosso do Sul (MS) tem como objetivo servir como subsídio essencial e ferramenta importante para a gestão eficiente dos aquíferos, fornecendo informações técnicas essenciais para garantir o uso sustentável dos recursos hídricos subterrâneos e a segurança hídrica”, explica o pesquisador em geociências do SGB Marcio Abreu.

Por meio desse produto, são fornecidas informações sobre a distribuição, movimentação e qualidade dos recursos hídricos que estão abaixo da superfície. É possível saber detalhes sobre os tipos de rochas que armazenam essas águas, além de estimativas das reservas, classificadas conforme a capacidade para fornecimento de água.

O mapa também traz encartes complementares, com informações relevantes, como estimativa de volume anual  explotado e a condutividade elétrica das águas (parâmetro ligado à qualidade da água). Esses encartes também apresentam pluviometria e capacidade de infiltração da água, indicando melhores zonas de recarga, além de dados inéditos sobre vulnerabilidade natural à contaminação dos aquíferos.


Lançamento oficial

Em agosto, o SGB apresentou oficialmente o Mapa Hidrogeológico do Mato Grosso do Sul, em evento realizado no auditório do Instituto de Meio Ambiente do Estado (IMASUL), em Campo Grande (MS). A solenidade reuniu representantes de órgãos gestores, universidades, instituições de pesquisa, comitês de bacias hidrográficas, profissionais da área e sociedade civil.
 

A abertura contou com a presença da superintendente Regional de São Paulo do SGB (SUREG-SP), Andrea Franzini, e do diretor-presidente do IMASUL, André Barros Borges de Araújo. Na ocasião, eles destacaram a relevância do produto como ferramenta de apoio à gestão sustentável dos recursos hídricos no estado. “A água subterrânea é um patrimônio estratégico, e produtos como este são fundamentais para orientar políticas públicas e garantir segurança hídrica para a população”, afirmou André Barros.

Na sequência, Andrea Franzini apresentou os projetos conduzidos pela Gerência de Hidrologia e Gestão Territorial e pela Gerência de Recursos Minerais da SUREG-SP, ressaltando iniciativas em andamento, projetos já concluídos e os canais de acesso às publicações do SGB. A superintendente também enfatizou o papel das plataformas e sistemas geocientíficos desenvolvidos pela instituição como instrumentos de democratização do conhecimento.
 

Larissa Souza e Rodrigo Eneas
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
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