Lançados editais para construção do Centro Científico e Cultural da Urca, no Rio de Janeiro
Lançados editais para construção do Centro Científico e Cultural da Urca, no Rio de Janeiro
Cerimônia, realizada nesta sexta-feira (19), oficializou as etapas iniciais para edificação do maior projeto de infraestrutura laboratorial de geociências no Brasil, que terá papel estratégico para os setores de mineração, óleo e gás e para a transição energética
Rio de Janeiro (RJ) – O Serviço Geológico do Brasil (SGB), a Petrobras e a Finatec realizaram, nesta sexta-feira (19), o lançamento dos editais licitatórios para a construção do Centro Científico e Cultural da Urca, no Rio de Janeiro. O projeto, com investimento estimado em R$ 200 milhões, é financiado pela cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Com a nova estrutura, o SGB desenvolverá pesquisas estratégicas para os setores de mineração e óleo e gás, além de avançar com estudos para transição energética.
“Este projeto de infraestrutura laboratorial permitirá ao SGB desenvolver pesquisas que contribuirão para temas centrais, como transição energética, segurança alimentar e gestão dos recursos hídricos. Essas são áreas nas quais os serviços geológicos nacionais dos países têm o dever de participar. Ampliar e fortalecer nossas linhas de pesquisa representa um passo significativo, que inaugura uma nova dimensão para o SGB”, destacou o diretor-presidente do SGB, Inácio Melo.
O gerente executivo de Exploração da Petrobras, Jonilton Pessoa, ressaltou que investir em PD&I representa investir em soberania, competitividade e sustentabilidade. “Estamos falando de um projeto histórico que reúne Petrobras, SGB, ANP e toda a sociedade brasileira. É importante destacar que quando falamos em ciências da terra falamos também de um dos setores mais estratégicos para o desenvolvimento nacional, que é o setor de óleo e gás, que gera recursos, impostos e benefícios para a população”.
Saiba mais sobre as obras
As obras do Centro Científico e Cultural da Urca e a aquisição de equipamentos serão conduzidas pela Finatec, fundação de apoio responsável pela parte administrativa, contratações e licitações. A partir do lançamento dos editais, serão selecionadas empresas executoras que atendam às exigências. Em novembro, o Museu de Ciências da Terra (MCTer) será fechado para visitação e as obras começam em dezembro.
Pesquisa, inovação e cultura
O Centro Científico e Cultural da Urca se consolidará como polo de excelência em geociências, com localização estratégica no Rio de Janeiro – próximo às principais empresas de exploração de Petróleo e de polos de ciência e tecnologia, como a COPPE/UFRJ e o Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes). A área é uma das áreas mais nobres da cidade do Rio de Janeiro, corredor turístico por onde passam milhares de pessoas diariamente para visitarem o complexo do Pão de Açúcar e a Praia Vermelha.
O novo Centro terá papel estratégico para o setor de óleo e gás. As pesquisas e laboratórios instalados apoiarão diretamente projetos em bacias sedimentares brasileiras, ampliando a base de conhecimento sobre rochas, fluidos e testemunhos coletados em campo, além de armazenar o material coletado. A infraestrutura também permitirá o desenvolvimento de tecnologias ligadas à transição energética, à descarbonização e ao aproveitamento sustentável dos recursos naturais, em sintonia com as diretrizes da Petrobras, da ANP e da política energética nacional.
Museu de Ciências da Terra
Com a revitalização, a área do Museu de Ciências da Terra (MCTer) passará de 2,4 mil m² para 15 mil m², distribuídos em diversos blocos do Palácio da Geologia. O projeto prevê novos espaços para exposições, salas de pesquisa, laboratórios, salas de apoio, centro de documentação e memória, além de departamentos técnicos e administrativos. Serão mais de 650 m² de laboratórios especializados.
A expansão permitirá ao MCTer fortalecer a curadoria e ampliar o acervo. Atualmente, o museu tem o mais relevante acervo de paleontologia do Brasil e uma das mais importantes coleções de vertebrados fósseis da América do Sul, com mais de 500 mil itens, dos quais mais de 380 mil já estão catalogados.
Saiba mais sobre a reforma do MCTer
Centro de Referência em Geociências
A instalação do CRG ocupará uma área de 3,1 mil ² com laboratórios de ponta em várias frentes das geociências. A estrutura receberá uma variedade de projetos de pesquisa científica, abrangendo desde o conhecimento geológico básico a estudos sobre potencial mineral e energético brasileiro, com foco nos minerais críticos para a transição energética.
Entre as linhas de pesquisa estão: Paleoclimatologia, Exploração de Recursos Minerais, Paleontologia e Evolução da Terra, Biodiversidade e Geodiversidade, Meteoritos e Geologia Planetária, Pesquisa em Sedimentologia, Antropoceno e Impactos Humanos, Recursos Energéticos, Geologia Marinha e Geologia Ambiental. O CRG e os laboratórios poderão ser acessados por pesquisadores do SGB, universidades e instituições de pesquisa nacionais e internacionais, bem como empresas em geral.
Litoteca do SGB
O Centro Científico e Cultural da Urca abrigará a nova Litoteca do SGB, para armazenar amostras de rochas, minerais, sedimentos, solos e testemunhos de sondagem coletados de projetos de P,D&I das bacias petrolíferas e de testemunhos de furos de minas brasileiras. Serão preservadas até 100 mil caixas de testemunhos, além de lâminas provenientes da exploração de petróleo e gás nas bacias sedimentares brasileiras.
As litotecas preservam a memória geológica do Brasil, guardando amostras únicas que contam a história da Terra. Com esse acervo, o SGB contribuirá com pesquisas nacionais e internacionais, permitindo acesso a um material já coletado e reduzindo custos em novas campanhas. O acervo apoia decisões estratégicas e projetos em áreas como mineração e energia.
Já há unidades de litotecas do SGB em Caeté (MG), Araraquara (SP), Mossoró (RN), Caçapava do Sul (RS), Feira de Santana (BA), Belém (PA), Manaus (AM), Porto Velho (RO), Teresina (PI) e Goiânia (GO).
Larissa Souza
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
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