Mapeamento geológico auxiliará no entendimento do potencial mineral de Santana do Araguaia, no Pará

03/10/2024 às 18h19
 | Atualizado em: 08/10/2024 às 19h41
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A atualização e ampliação do conhecimento geológico contribuirão para o planejamento de políticas públicas e para o desenvolvimento sustentável da região

Foto: Divulgação SGB

Pará (PA) - O Serviço Geológico do Brasil iniciou, em março de 2024, o projeto "Geologia e Potencial Mineral do Domínio Santana do Araguaia", que prevê o mapeamento sistemático de cinco folhas cartográficas, localizadas no contexto do Domínio Santana do Araguaia, na porção sul do Cráton Amazônico. A primeira atividade de campo está programada para iniciar no dia 19 de agosto.

Durante a pesquisa, será realizado o mapeamento geológico sistemático, com a aquisição e integração de novos dados geológicos, geoquímicos, geocronológicos, além de informações aerogeofísicas e de sensoriamento remoto. O estudo também incluirá a caracterização dos controles geológicos das ocorrências minerais na área, com foco especial em urânio e fosfato. O objetivo é gerar dados mais atualizados e consistentes, a fim de incentivar programas exploratórios e a descoberta de novos depósitos minerais.

A região de Santana do Araguaia tem se destacado pelo seu potencial mineral, com indícios relevantes de estanho, cromo, chumbo, cobalto, ouro, além de urânio, fosfato e calcário. Parte dessa área é, inclusive, objeto de estudos detalhados pelo Projeto Urânio Brasil.

A atualização e ampliação do conhecimento geológico e mineral da região são importantes para o planejamento e a implementação de políticas públicas voltadas para a gestão territorial, além de atrair investimentos no setor mineral e industrial. Esses esforços podem gerar empregos e renda para as comunidades locais e atender às demandas do setor agrícola.

Foto: Divulgação SGB

Por isso, cinco folhas foram selecionadas para mapeamento, totalizando uma área de aproximadamente 15.125 km². As áreas designadas são: Rio Dezoito, Rio da Paz, Serra do Matão, Rio Campo Alegre e Ribeirão Santana.

O projeto é liderado pelo pesquisador Lívio Corrêa e conta com uma equipe da Gerência de Geologia e Recursos Minerais da Superintendência Regional de Belém, com a participação dos pesquisadores Aline Barros, Desaix Balieiro, João Marcelo Castro, dos técnicos Djalma Hartery, Paulo Sérgio Santos e Paulo Melo, além do auxiliar técnico Sebastião Benjamin, e da participação da pesquisadora Rita Cunha, da Superintendência Regional de Salvador.

A geodiversidade de Santana do Araguaia

Nos últimos anos, Santana do Araguaia também tem se destacado no setor agrícola, especialmente na produção de soja, milho e pecuária bovina. De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2021, o município foi o maior exportador de soja do Pará e teve uma produção significativa de milho, atingindo cerca de 463 mil toneladas.

A geodiversidade da região permite o aproveitamento de diversas rochas como fontes alternativas para condicionadores de solo, auxiliando no alcance de padrões de fertilidade compatíveis com as necessidades regionais e promovendo o desenvolvimento econômico sustentável. Nesse contexto, destacam-se os agrominerais, como enxofre, fosfato, potássio e calcário dolomítico, além do potencial de uso de rejeitos de mineração como remineralizadores de solos.

Simone Goulart
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
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