Formações geológicas no Brasil e no Peru atraem turistas
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Formações geológicas no Brasil e no Peru atraem turistas
15/06/2023 às 00h00
| Atualizado em: 01/03/2024
Areias naturais coloridas no nordeste brasileiro e montanha colorida na Cordilheira Vilcanota encantam com suas cores
No Brasil, as famosas falésias, com areias de diferentes tonalidades de cores, e no Peru, a montanha Winicunca, colorida em toda a sua extensão, são formações geológicas e têm atraído milhares de turistas para essas regiões.
Segundo o pesquisador em Geociências do Serviço Geológico do Brasil Danilo Barbosa Vieira Fuentes, a montanha Winicunca, localizada na Cordilheira Vilcanota, no distrito de Pitumarca, no Peru, tem encantado milhares de turistas, pois apresenta variedade de cores em toda a sua extensão, o que não se vê na maioria das montanhas.
Essas rochas foram inicialmente formadas em ambientes marinho, lacustre e fluvial, sendo depois elevadas, dobradas e transformadas em montanhas pelo movimento de compressão das placas tectônicas. As cores estão associadas à presença de minerais ferromagnesianos (tons de vermelho a ocre), minerais de cobre (tons esverdeados) e minerais sulfurosos (tons castanho-amarelados, mostarda ou dourado), que foram submetidos a erosão e/ou oxidação ao longo das eras.
Quanto às falésias coloridas do Nordeste brasileiro, são formadas por areias naturais existentes no contexto geológico da Plataforma de Aracati, em Canoa Quebrada (CE), onde predominam os depósitos sedimentares do Grupo Barreiras, que são falésias e arenitos de praia, recifes de coral e extensas áreas com dunas de grande porte.
Para Danilo, os sedimentos dessa formação no Brasil são constituídos por camadas intercaladas de arenitos argilosos finos, com coloração variada, nas quais predominam tons médios, avermelhados e amarelados. Esses mesmos sedimentos poderão, daqui a alguns milhares de anos, fazer parte de uma montanha ou de uma cordilheira à semelhança da montanha Winicunca. “Por enquanto, as cores de nossas serras se limitam aos tons de cinza de nossos granitos, aos tons de vermelho e amarelo de nossos solos e ao verde de nossas matas”, concluiu o pesquisador.
Outras partes do mundo também apresentam esse tipo de formação rochosa, talvez com idades e histórias geológicas diferentes, tais como o Cerro de Los Siete Colores ou Serranías del Hornocal, na Argentina; o Parque Geológico Zhangye Danxia, na China; Landmannalaugar e Saga Valley, ambos na Islândia; e The Wave, nos Estados Unidos.
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) trabalha há 54 anos no mapeamento geológico do país e tem contribuído para expandir o conhecimento e a divulgação das unidades geológicas brasileiras para os mais diversos fins.
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil Ministério de Minas e Energia Governo Federal imprensa@sgb.gov.br
No Brasil, as famosas falésias, com areias de diferentes tonalidades de cores, e no Peru, a montanha Winicunca, colorida em toda a sua extensão, são formações geológicas e têm atraído milhares de turistas para essas regiões.
Segundo o pesquisador em Geociências do Serviço Geológico do Brasil Danilo Barbosa Vieira Fuentes, a montanha Winicunca, localizada na Cordilheira Vilcanota, no distrito de Pitumarca, no Peru, tem encantado milhares de turistas, pois apresenta variedade de cores em toda a sua extensão, o que não se vê na maioria das montanhas.
Essas rochas foram inicialmente formadas em ambientes marinho, lacustre e fluvial, sendo depois elevadas, dobradas e transformadas em montanhas pelo movimento de compressão das placas tectônicas. As cores estão associadas à presença de minerais ferromagnesianos (tons de vermelho a ocre), minerais de cobre (tons esverdeados) e minerais sulfurosos (tons castanho-amarelados, mostarda ou dourado), que foram submetidos a erosão e/ou oxidação ao longo das eras.
Quanto às falésias coloridas do Nordeste brasileiro, são formadas por areias naturais existentes no contexto geológico da Plataforma de Aracati, em Canoa Quebrada (CE), onde predominam os depósitos sedimentares do Grupo Barreiras, que são falésias e arenitos de praia, recifes de coral e extensas áreas com dunas de grande porte.
Para Danilo, os sedimentos dessa formação no Brasil são constituídos por camadas intercaladas de arenitos argilosos finos, com coloração variada, nas quais predominam tons médios, avermelhados e amarelados. Esses mesmos sedimentos poderão, daqui a alguns milhares de anos, fazer parte de uma montanha ou de uma cordilheira à semelhança da montanha Winicunca. “Por enquanto, as cores de nossas serras se limitam aos tons de cinza de nossos granitos, aos tons de vermelho e amarelo de nossos solos e ao verde de nossas matas”, concluiu o pesquisador.
Outras partes do mundo também apresentam esse tipo de formação rochosa, talvez com idades e histórias geológicas diferentes, tais como o Cerro de Los Siete Colores ou Serranías del Hornocal, na Argentina; o Parque Geológico Zhangye Danxia, na China; Landmannalaugar e Saga Valley, ambos na Islândia; e The Wave, nos Estados Unidos.
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) trabalha há 54 anos no mapeamento geológico do país e tem contribuído para expandir o conhecimento e a divulgação das unidades geológicas brasileiras para os mais diversos fins.
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil Ministério de Minas e Energia Governo Federal imprensa@sgb.gov.br