Serviço Geológico do Brasil propõe novos limites para províncias e distritos auríferos no Brasil
Serviço Geológico do Brasil propõe novos limites para províncias e distritos auríferos no Brasil
Iniciativa supre uma lacuna histórica e busca padronizar uma nomenclatura para facilitar a comparação entre estudos, agilizar processos de licenciamento e aprimorar iniciativas de monitoramento e rastreabilidade
Brasília (DF) – Pesquisas do Serviço Geológico do Brasil (SGB), no âmbito do Projeto Ouro Brasil, contribuíram para identificar e classificar as províncias e distritos auríferos do país. Essa iniciativa supre uma lacuna histórica na delimitação dessas áreas e busca padronizar uma nomenclatura ainda marcada por divergências entre órgãos públicos, universidades e empresas do setor mineral.
O estudo, publicado no Journal of the Geological Survey of Brazil, apresenta critérios que consideram fatores geotectônicos e mineralógicos para propor uma sistemática nacional baseada em conceitos de metalogenia. Com isso, os pesquisadores defendem a substituição dos termos genéricos, como "província mineral, por "província metalogenética" e "distrito metalogenético", promovendo maior precisão na caracterização das áreas de ocorrência de ouro.
O modelo incorpora também regiões em que o ouro está associado a outros minerais, ampliando o escopo tradicional. Além da proposta conceitual, o SGB disponibilizou mapas detalhados com os limites dessas províncias e distritos, apoiando um entendimento mais claro da distribuição dos depósitos auríferos no território nacional.
Com o uso desses critérios e mapas, entidades de pesquisa, agências reguladoras e empresas de mineração poderão atuar de forma mais coordenada. A padronização técnica facilita a comparação entre estudos regionais e nacionais, agiliza processos de licenciamento e aprimora iniciativas de monitoramento e rastreabilidade.
Larissa Souza
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
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