Nesta terça-feira (24), data em que a capital do Amazonas celebra 354 anos, Serviço Geológico do Brasil destaca importância de projetos que ampliam conhecimento hidrogeológico no estado


A capital do Amazonas, Manaus, comemora 354 anos nesta terça-feira (24). Para marcar a data, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) destaca os principais projetos desenvolvidos na cidade. As ações do SGB são essenciais para o desenvolvimento de todo o estado e dão suporte à gestão dos recursos hídricos, especialmente diante da seca severa que afeta o Norte do país. Uma das iniciativas em andamento é o projeto: Estudos Hidrogeológicos das Regiões Urbana e Periurbana de Manaus (AM) – Subsídios para o Uso Sustentável dos Recursos Hídricos”. Coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e executado pelo SGB, a ação gera dados inéditos sobre o potencial hidrogeológico da cidade. No estado, o SGB também opera a Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN). Com o monitoramento dos principais rios, o SGB gera informações sobre a disponibilidade hídrica e também realiza a operação do Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Amazonas (SAH Amazonas). Manaus é uma das cidades atendidas pelos boletins hidrometeorológicos do SAH Amazonas, que informam sobre as previsões dos níveis dos rios e geram subsídios para a tomada de decisões por parte da população e dos órgãos relacionadas à redução dos impactos de eventos hidrológicos extremos. As previsões também contemplam Manacapuru, Itacoatiara e Parintins.
Fonte alternativa para abastecimento de água

O SGB opera no Amazonas a Rede Integrada de Monitoramento de Águas Subterrâneas (RIMAS). Por meio dela, 14 poços são monitorados no estado com o principal objetivo de ampliar o conhecimento a respeito dos níveis e qualidade da água nos principais aquíferos. As águas subterrâneas são, em regiões com restrições de acesso à água, uma alternativa importante para o abastecimento hídrico das cidades.
Prevenção de desastres

Além de contribuir para a gestão das águas, a atuação do SGB no estado é essencial para a gestão de riscos e a prevenção de desastres. Já foram realizados mapeamentos para identificar áreas de risco em 62 municípios amazonenses. O SGB também entregou a Carta Geotécnica de Aptidão à Urbanização Frente a Desastres Naturais a Manaus; e a Carta de Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa e Inundações a Tefé. Os municípios de Manacapuru e Tonantins foram contemplados com o estudo: Diagnóstico da População em Áreas de Risco Geológico.
Promoção da saúde

Outro importante estudo realizado na região é o Levantamento Geoquímico Ambiental no Entorno das Comunidades Indígenas Maturacá e Ariabu: Terra indígena Yanomami, AM. Os estudos, realizados em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revelam dados sobre a presença de metais pesados em áreas específicas. Com as pesquisas, o SGB gera subsídios importantes para elaboração de políticas públicas voltadas à saúde da população indígena e ao meio ambiente. Conhecimento geológico para impulsionar economia

O Serviço Geológico do Brasil também desenvolve no Amazonas estudos para ampliar o conhecimento geológico e identificar áreas com potencial mineral. As informações geradas subsidiam políticas públicas e atividades do setor mineral, de modo a atrair investimentos e fomentar o desenvolvimento sustentável. Entre os projetos desenvolvidos, está o Geologia e Recursos Minerais da Região Metropolitana de Manaus. O estudo mapeou área de 105 km² que abrange os municípios amazonenses de Manaus, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Iranduba, Careiro da Várzea, Manacapuru e Novo Airão. Confira outras iniciativas:

• Geologia e Recursos Minerais no Estado de Amazonas;
• Avaliação do Potencial de Potássio No Brasil: Bacia do Amazonas;
• Área de Relevante Interesse Mineral: Sudeste do Amazonas;
• Terras Indígenas do Noroeste do Amazonas: Geologia, Geoquímica e Cadastramento Mineral na Região do Tunuí-Caparro;
• Levantamentos Geológicos Básicos – Serra do Imeri;
• Metalogenia das Províncias Minerais do Brasil: Área Eldorado do Juma;
• Geologia e Recursos Minerais: Folha Sumaúma, Folha Rio Roosevelt e Folha Rio Mutum.
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