Novos dados de idade do mineral oferecem uma visão profunda da evolução da Terra
Publicado no periódico Nature, o artigo sobre a relação entre a idade de diamantes sublitosféricos e o ciclo de supercontinentes trata da história complexa do mineral e mostra que ele é notavelmente viajado, tanto verticalmente como horizontalmente, dentro da Terra, traçando a formação do supercontinente Gondwana e as últimas fases da sua evolução. Veja aqui. O estudo foi desenvolvido por uma equipe internacional, liderada pela Dra. Suzette Timmerman, da Universidade de Berna, Suíça, e contou com a participação de dois pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB). Os diamantes de Juína, no Mato Grosso, investigados neste estudo, foram obtidos por meio do projeto Diamante Brasil, do SGB. De acordo com os pesquisadores do SGB Izaac Cabral e Valdir Silveira, os diamantes antigos, como aqueles encontrados em Juína (Brasil) e Kankan (Guiné), oferecem uma janela direta para o entendimento da tectônica de placas profundas e como ela pode estar relacionada ao ciclo dos supercontinentes: “Tal proposição fomentou o desenvolvimento desse estudo”, informou. A publicação, disponível aqui, aponta que os supercontinentes podem concentrar a subducção profunda de placas oceânicas – motor da tectônica de placas – em regiões muito específicas. Tais processos geológicos profundos, especialmente no passado, têm sido muito difíceis de estudar diretamente porque a crosta oceânica é jovem, e a crosta continental oferece apenas uma visão limitada dos processos profundos da Terra. Além disso, a acumulação de material relativamente jovem nas raízes dos continentes engrossa e aglutina esses antigos fragmentos continentais, indicando um novo modo potencial de crescimento de continentes, como apontado pelos autores dessa pesquisa. O estudo usou diamantes superprofundos – formados entre 300 km e 700 km de profundidade – para investigar como o material de origem mantélica foi adicionado à quilha do supercontinente Gondwana. Foi identificado um processo geológico até então desconhecido: a ascensão de rochas do manto terrestre até a base do Gondwana, crescendo e estabilizando a quilha desse supercontinente no período entre 650-450 milhões de anos atrás. “A idade de diamantes sublitosféricos formados em grandes profundidades (>300 km) no manto terrestre foi determinada nesse estudo a partir de quatro sistemas isotópicos (Rb–Sr, Sm–Nd, U–Pb e Re–Os) em inclusões de sulfeto de Fe e silicato de cálcio (CaSiO3) em 13 diamantes de Juína (Brasil) e Kankan (Guiné)”, explicaram Izaac e Valdir. Pequenas inclusões de silicato e sulfeto, dentro dos diamantes, foram estudadas e datadas pela equipe de especialistas em laboratórios da Universidade de Alberta (Canadá), Carnegie Institution for Science (EUA), Vrije Universiteit Amsterdam (Holanda), Universidade de Bristol (Reino Unido) e Universidade de Pádua (Itália), usando técnicas analíticas de última geração, capazes de analisar picogramas (10 -12 g) de material. As conclusões fornecem informações valiosas sobre os processos de subducção associados à formação e evolução dos supercontinentes e contribuem para uma compreensão mais profunda da dinâmica geológica da Terra ao longo das eras. Essas descobertas não apenas iluminam o passado da Terra, mas também ajudam cientistas a prever e entender melhor os eventos geológicos futuros, que moldarão o planeta. Núcleo de Comunicação Serviço Geológico do Brasil Ministério de Minas e Energia Governo Federal imprensa@sgb.gov.br
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