Estudo revela potencial para cobalto em depósitos de manganês no Brasil e África

13/03/2025 às 18h55
 | Atualizado em: 13/03/2025 às 19h19
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Objetivo é analisar as características geoquímicas desses depósitos e avaliar o potencial de cobalto como subproduto, metal importante para indústria e transição energética

Fonte: Wikipedia

Brasília (DF) – Artigo publicado na revista Geoscience Frontiers investiga o enriquecimento de cobalto em depósitos de manganês de idade Paleoproterozoica - entre 2,2 bilhões e 2 bilhões de anos - encontrados na África e no Brasil. O objetivo principal é entender as características geoquímicas desses depósitos e avaliar seu potencial como uma nova fonte de cobalto, um metal valioso utilizado em diversas indústrias.

O artigo Cobalt enrichment in Paleoproterozoic African and Brazilian manganese deposits - ScienceDirect é de autoria do geólogo Evilarde Uchôa, do Serviço Geológico do Brasil (SGB). Esse é o primeiro produto do doutorado do pesquisador, que está em andamento no Departamento de Geologia da Universidade Federal do Ceará (UFC). O trabalho contou com apoio da Society of Economic Geologists (SEG) e do Conselho Nacional de  Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Os resultados indicam que esses depósitos apresentam concentrações anômalas de cobalto, que sugere um grande potencial para a recuperação desse metal como subproduto, o que pode ser economicamente vantajoso e contribuir para a redução da dependência da mineração convencional de cobalto.

Metodologia utilizada

Para realizar o estudo, foi utilizada a Análise de Componentes Principais (PCA) – técnica de modelagem geoquímica que ajuda a identificar padrões e variáveis relevantes nos dados. A PCA permitiu compreender a distribuição do cobalto e de outros metais, como cobre, níquel e vanádio, nesses depósitos de manganês.

Outro ponto abordado na pesquisa é a formação desses depósitos ao longo da história geológica. O estudo destaca o papel das cianobactérias, oxigenação da atmosfera primitiva e mudanças nas condições químicas dos oceanos que influenciaram o ciclo do manganês, com enriquecimento de cobalto nos depósitos.

Acesse aqui o artigo completo.

Simone Goulart
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br 

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