Estudo para prevenção de desastres pode beneficiar 2,4 mil pessoas em Itambé (BA)

28/07/2023 às 00h00
 | Atualizado em: 01/03/2024
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Cartografia de Risco Geológico, publicada em julho, identificou 16 áreas com risco alto e muito alto de enchentes, inundações e enxurradas

Deslizamento planar ao lado da Unidade Básica de Sáude
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) realizou mapeamento de áreas de risco geológico em Itambé, no interior da Bahia. Durante os levantamentos de campo, entre 11 e 18 de abril, o SGB identificou nove áreas de risco alto e sete de risco muito alto, associadas aos processos de enchentes, inundações e enxurradas. Os resultados estão na Cartografia de Risco Geológico do município, publicada em julho no Repositório Institucional de Geociências (RIGeo) e disponível aqui. De acordo com o relatório, mais de 2,4 mil pessoas vivem nas áreas de risco mapeadas. Com o estudo geotécnico, o SGB gera, para gestores públicos e agentes das defesas civis, subsídios técnicos importantes para ações de prevenção de desastres e mitigação dos impactos dos eventos geológicos. Dessa forma, contribui para resguardar a vida da população, reduzir a vulnerabilidade socioeconômica e diminuir perdas materiais. Os dados também auxiliam na definição de critérios para disponibilização de recursos públicos destinados ao financiamento de obras de prevenção e de resposta a desastres. Além disso, embasam políticas públicas habitacionais e de saneamento, sendo, portanto, um importante instrumento para promover o desenvolvimento regional. A atuação do SGB está ainda alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), em especial aos ODSs 1, 2, 9, 11, 12 e 13, que tratam de: erradicação da pobreza; fome zero e agricultura sustentável; indústria, inovação e infraestrutura; cidades e comunidades sustentáveis; consumo e produção responsáveis e ação contra a mudança global do clima.
Bairros com áreas de risco

Os bairros suscetíveis aos processos geológicos são: Centro, Agenor Novaes, Praça do Mercado, Sidney Pereira de Almeida, Durvalina Andrade e Felipe Achy. O estudo também identificou áreas de risco nos distritos de Catolezinho e São José do Colônia. A localidade com maior número de imóveis mapeados é a Rua C. Fagundes e Goés Calmom, no Centro. Nesse endereço, estão aproximadamente 132 imóveis, onde vivem 528 pessoas. As conclusões do mapeamento apontam que as áreas de risco geológico cartografadas decorrem das características naturais do meio físico e da ocupação inadequada do território. No relatório, o SGB alerta que o cenário pode se agravar, “caso o poder público não coloque em prática programas de fiscalização que dificultem o avanço da urbanização em áreas impróprias no município e não verifique os procedimentos de construção de novas moradias”.
Áreas de risco na Bahia

O SGB realizou mapeamento de áreas de risco em 90 municípios da Bahia e identificou 807 setores de vulnerabilidade. Mais de 235 mil pessoas vivem nas localidades mapeadas. De acordo com os dados, as ocorrências estão relacionadas principalmente a deslizamentos, inundações e queda de blocos.
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