A descoberta ocorreu por meio de análises recentes de pegadas encontradas no início dos anos 1980, no interior de São Paulo
Farlowichnus rapidus é o nome dado às pegadas encontradas nas cercanias de Araraquara, interior de São Paulo, no início dos anos 1980, e elas representam uma nova espécie de dinossauro. Essa confirmação só ocorreu por meio de estudo publicado em conjunto com diversos pesquisadores e instituições, entre elas o Museu de Ciências da Terra (MCTer) do Serviço Geológico do Brasil (SGB), no periódico Cretaceous Research. O dinossauro produtor das pegadas era um animal carnívoro pequeno, com um tamanho próximo ao de uma seriema, mas pela grande distância entre as pegadas da trilha encontradas é possível deduzir que era um réptil muito rápido que corria pelas antigas dunas. Como ainda não foi encontrado um fóssil para analisar uma nova espécie e nominá-la, esse estudo foi responsável por estudar apenas as pegadas.
Descoberta
Giuseppe Leonardi foi o responsável por encontrar essas pegadas. Ele é um padre e paleontólogo italiano que veio para o Brasil nos anos 1970 e passou a estudar as pegadas de dinossauros, sua especialidade. Ele conduziu os principais trabalhos sobre as pegadas desses grandes animais da chamada Formação Botucatu, que são rochas formadas por um antigo deserto de dunas no início do Cretáceo, com cerca de 140 milhões de anos.
Museu de Ciências da Terra
Uma das amostras mais importantes descritas no estudo foi doada pelo Leonardi para o Museu de Ciências da Terra (MCTer) em 1984. Essas pegadas se tornaram um dos tipos descritos no estudo, no caso um parátipo, um tipo secundário que ajuda a representar as características da espécie. O icnofóssil, registro de atividade biológica de organismos que viveram há milhares de anos, nunca havia sido estudado desde então. Porém, com esse artigo publicado, ele passa a ter um status muito elevado cientificamente. O paleontólogo do MCTer Rafael Costa estudou o exemplar e ajudou na descrição da espécie. De acordo com ele, as pegadas estudadas são diferentes de todas as outras pegadas de dinossauros conhecidas e isso justifica a importância dessa nova descrição. As coleções científicas, como a coleção do Museu de Ciências da Terra, costumam guardar muitos exemplares que acabam sendo estudados tempos depois. “Esse é um dos motivos pelos quais as coleções são importantes, elas são repositórios para futuras pesquisas”, destacou. Parátipo é um dos exemplares usados para descrever uma nova espécie e que ficam para sempre registrados como representantes daqueles animais. O exemplar principal é o holótipo, os outros são os parátipos, explicou Rafael. Núcleo de Comunicação Serviço Geológico do Brasil Ministério de Minas e Energia Governo Federal imprensa@sgb.gov.br
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