Em seminário sobre política mineral goiana, o Serviço Geológico do Brasil destacou que mapeamentos subsidiam a descoberta de novos depósitos e impulsionam investimentos
O estado de Goiás ocupa a quarta posição na produção mineral do Brasil (atrás do Pará, Minas Gerais e Bahia), mas tem potencial para ampliar ainda mais a produção, principalmente daqueles considerados estratégicos. Estudos do Serviço Geológico do Brasil (SGB) no território induzem o desenvolvimento do setor mineral, pois fornecem dados pré-competitivos importantes, que subsidiam a descoberta de novos depósitos, reduzem riscos de exploração e impulsionam investimentos.
●Levantamento aerogeofísico do nordeste e do leste goianos fornecerá novos dados sobre o território do estado, que deverão impulsionar a descoberta de novos depósitos minerais. ●Contexto geológico favorável para: mineralizações auríferas, de níquel, cobre, cobalto e elementos do grupo da platina, além de mineralizações manganesíferas, carbonáticas, fosfáticas, de grafita e de urânio, além da presença de pegmatitos (gemas coradas e lítio). Nesta terça-feira (28), durante o 1º Seminário Temático “Política Mineral Goiana: Desafios para a Geologia, Mineração e Transformação Mineral”, o diretor-presidente interino do SGB destacou a importância do levantamento aerogeofísico do nordeste e do leste goianos (realizado a partir de aeronaves que fazem a coleta de dados). De acordo com Cassiano Alves, o projeto, que será desenvolvido em parceria com o governo do estado, ampliará o conhecimento geológico da região, que é rica em recursos minerais estratégicos demandados pelas tecnologias de geração de energias renováveis. “Elementos como estanho (Sn), lítio (Li), Elementos Terras Raras (ETRs) e minerais como grafita são potencialmente encontrados no nordeste goiano. Ainda nessa região, e estendendo-se para o leste do estado, percebemos o elevado potencial para insumos agrícolas, como calcário e fosfato”, enfatizou o diretor-presidente. O contexto geológico do estado também é favorável para mineralizações auríferas, de níquel, cobre, cobalto, elementos do grupo da platina, além de mineralizações manganesíferas, carbonáticas e de urânio. A partir do levantamento aerogeofísico, que será acompanhado de mapeamento geológico sistemático, é possível obter informações relevantes sobre as características das rochas da região e áreas favoráveis à extração de minérios, a fim de oferecer direcionamento para que empresas interessadas na atividade saibam onde procurar por depósitos minerais, conforme explicou o assessor da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM) do SGB, Gilmar Rizzotto.
<< Asscom/rdsc.jpg |Representantes do SGB com a equipe do Governo do Estado durante o seminário em Goiânia|center>>
“Há um potencial no território do estado que ainda precisa ser explorado, com muitas áreas a serem investigadas. Ampliar o mapeamento geológico vai favorecer novas descobertas, abrir possibilidades e ampliar os investimentos”, ressaltou. O aerolevantamento será feito pelos métodos magnético e radiométrico. A área a ser mapeada é de 111,4 mil quilômetros lineares e a área recoberta é de cerca de 55.749 km² (16% do território do estado). Os custos são estimados em cerca de R$ 19 milhões. O SGB já finalizou, no estado, os projetos: Mapa Geológico do Oeste de Goiás, Mapa de Favorabilidade para Ouro, Atlas Geofísico de Goiás e Cartas de Anomalias. Está em andamento: Avaliação do Potencial de Agrominerais no Estado de Goiás e o Mapeamento Geológico Sistemático de 6 folhas, na escala 1:100.000, que beneficiará 20 municípios goianos.
Retorno financeiro
Entre 2004 e 2006, o SGB realizou no território goiano aerolevantamentos magnetométrico e gamaespectrométrico que forneceram dados relevantes sobre depósitos favoráveis para exploração de minérios. O geólogo reforçou, durante a apresentação, que os estudos geraram retorno financeiro. A partir de 2007, a arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) aumentou. “Muito provavelmente incentivada pela disponibilização dos dados aerogeofísicos e dos produtos gerados a partir deles”, destacou Rizzotto. Outra iniciativa que também gerou resultados positivos foi o leilão de depósito de sulfeto de cobre, do Projeto Cobre Bom Jardim de Goiás, realizado pelo SGB. Os direitos minerários foram cedidos por R$ 2 milhões em dezembro de 2022. Além da geração de empregos, os estudos complementares por parte da empresa que arrematou a área devem proporcionar mais de R$ 17 milhões por ano em arrecadação de impostos e há a expectativa de investimentos de R$ 100 milhões nos próximos oito anos. Para 2023 é previsto o leilão do depósito de níquel silicatado no âmbito do projeto Morro do Engenho e Santa Fé. O relatório de reavaliação dos recursos minerais está em andamento e, após a conclusão, serão conduzidos estudos de valorização e análise do Tribunal de Contas da União (TCU).
Plano Estadual de Recursos Minerais do Estado de Goiás
O Seminário é o primeiro de uma série de oficinas, reuniões e seminários temáticos a serem realizados no âmbito do projeto Mapeamento de Oportunidades de Crescimento do Setor Mineral (MAP). Com base nas discussões, será elaborado um diagnóstico e o Plano Estadual de Recursos Minerais do Estado de Goiás (PERM-GO).
<< Asscom/errd.jpg |Evento reuniu representantes de órgãos públicos, iniciativa privada e academia para discutir os rumos do setor mineral do Estado.|center>>
A iniciativa está em linha com a sistemática de planejamento do setor mineral, estabelecida em nível federal pelo Ministério de Minas e Energia (MME). No entendimento da pasta, o Plano é um instrumento que auxiliará na estratégia para alcançar o desenvolvimento almejado para a indústria mineral goiana, o que irá beneficiar não apenas o estado, mas todo o Brasil. O MME já atua na elaboração do Plano Nacional de Mineração 2050, uma agenda estratégica cujo objetivo é auxiliar na definição das prioridades em políticas públicas no médio e longo prazos. Além do diretor-presidente Cassiano Alves e do assessor da DGM do SGB, Gilmar Rizzotto, também participaram do evento a superintendente de Goiânia do SGB, Sheila Knust, e a analista da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME, Mariana Fontineli. Núcleo de Comunicação Serviço Geológico do Brasil Ministério de Minas e Energia Governo Federal imprensa@sgb.gov.br
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