Área urbanizada de Maranguape (CE) tem baixa suscetibilidade para movimentos gravitacionais de massa

02/08/2023 às 00h00
 | Atualizado em: 01/03/2024
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Estudo do Serviço Geológico do Brasil (SGB), publicado em julho, gera subsídios para ações de planejamento urbano e prevenção de desastres

 (Foto: Prefeitura de Maranguape/Divulgação)
No município de Maranguape, no Ceará, toda a área urbanizada (8,27 km²) tem baixa suscetibilidade para movimentos gravitacionais de massa. Os processos que podem ocorrer na região são: erosão laminar e ravinamento (depressão no solo, provocada pela água). As informações fazem parte da Carta de Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa, publicada em julho pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) e disponível aqui. O documento, previsto no Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, indica a possibilidade de movimentos gravitacionais de massa (deslizamentos e corridas de massa) e processos hidrológicos (inundações e enxurradas) em todo o território do município, inclusive nas áreas não urbanizadas, onde não há edificações com presença humana. As informações subsidiam o trabalho de gestores públicos, defesas civis e demais órgãos responsáveis pelo monitoramento e alerta de desastres, além de favorecer o planejamento do uso e ocupação do solo, controle da expansão urbana e avaliação de potenciais cenários de riscos. Essas ações são essenciais para prevenção de desastres e beneficiam diretamente a população de Maranguape, que tem 105 mil habitantes, de acordo com dados do IBGE.
Estudos geotécnicos

A Carta de Suscetibilidade indica que 436,64 km² – a maior parte do município (73,9% do território total) – tem baixa suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa. Segundo os estudos, os principais processos esperados são ravinamento e erosão laminar, que têm baixa possibilidade de ocorrer em todo o município. Há ainda 59,97 km² com média suscetibilidade e 94,26 km² com alta suscetibilidade para deslizamentos, quedas de blocos e ravinamento. As áreas correspondem a 10,15% e 15,95% do território municipal, respectivamente. Com relação aos processos hidrológicos, a carta mostra que 61,47 km² – 10,4% do município – tem alta suscetibilidade para inundações, enchentes, solapamentos de margem e assoreamentos. As áreas de alta suscetibilidade à inundação afetam apenas 0,51 km² ou 6,17% da área urbana. Outros 31,58 km² têm média suscetibilidade, e 20,12 km² baixa suscetibilidade para os processos hidrológicos, no município. No documento, o SGB ressalta que “suscetibilidade baixa não significa que os processos não poderão ser gerados em seu domínio, pois atividades humanas podem modificar sua dinâmica”.
Núcleo de Comunicação
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