Rio Paraguai está em processo de subida, mas com níveis ainda abaixo da faixa da normalidade

04/12/2024 às 21h53
 | Atualizado em: 05/12/2024 às 13h23
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Segundo o monitoramento do Serviço Geológico do Brasil (SGB), a cota chegou a 37 cm em Ladário, nesta quarta-feira (4)

Foto: SGB/Divulgação

Brasília (DF) – As chuvas na região do Pantanal contribuem para elevar o nível do Rio Paraguai. No entanto, nas estações de Ladário (MS), Forte Coimbra - Corumbá (MS) e Porto Murtinho (MS) as cotas ainda estão abaixo do considerado normal para o período do ano. Os dados são apresentados no 49º Boletim de Monitoramento Hidrológico da bacia, divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) nesta quarta-feira (4). 

De acordo com as informações do SGB, Ladário subiu 32 cm nos últimos 14 dias e chegou à marca de 37 cm. A mediana histórica para essa data é de 1,35 m. No Forte Coimbra, no município de Corumbá, a variação foi de 10 cm e a cota registrada é de -98 cm, enquanto o esperado seria de 47 cm. Em Porto Murtinho, o Rio Paraguai teve oscilações e está na cota de 1,23 m. A média para o período é de 2,77 m.

Mesmo com as chuvas de 56 mm esperadas para a próxima semana, o nível deve permanecer crítico nessas estações. “Considerando os anos mais críticos do histórico, como referência, é provável que Ladário se mantenha abaixo de 100 cm até a segunda quinzena de dezembro”, informa o boletim do SGB.

Próximos às nascentes, nas estações Barra do Bugres (MT) e Cáceres (MT), os níveis estão dentro da normalidade para a época do ano. A mesma situação ocorre nos rios Cuiabá, Aquidauana e Miranda, sendo que a situação do Rio Cuiabá é associada à regularização das vazões promovida pela operação da Usina Hidrelétrica Manso.

Apoio aos municípios

Além dos Sistemas de Alerta Hidrológico, o SGB oferece aos gestores públicos o Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS). Esse é o principal banco de dados sobre poços no Brasil, que pode ser usado para identificar fontes de abastecimento. O SGB também realiza o mapeamento de áreas de risco geológico, identificando e trazendo informações sobre áreas dos municípios sujeitas a perdas e danos por eventos de natureza geológica. Esse trabalho é uma importante ferramenta para a tomada de decisões sobre redução de riscos, prevenção de desastres e ordenamento territorial. 


Parceria

O monitoramento dos rios é feito a partir de estações telemétricas e convencionais, que fazem parte da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O SGB opera cerca de 80% das estações, gerando informações que apoiam os sistemas de prevenção de desastres, a gestão dos recursos hídricos e pesquisas. As informações coletadas estão disponíveis na plataforma SACE.
 

Larissa Souza
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br

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