Rio Negro registra descidas de 24 cm por dia, em Manaus (AM), e atinge níveis abaixo das mínimas para o período

20/09/2024 às 20h52
 | Atualizado em: 20/09/2024 às 20h53
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Dados do Serviço Geológico do Brasil, divulgados nesta sexta-feira (20), indicam que cota está mais de 4 m abaixo da faixa de normalidade

Foto: Divulgação SGB

Manaus (AM) - Com descidas diárias de 24 cm, o Rio Negro chegou à marca de 15,08 m nesta sexta-feira (20), em Manaus (AM). As informações estão disponíveis no 38º Boletim de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Amazonas, divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) e disponível na plataforma SACE. Devido ao cenário de seca extrema, foi decretada a interdição de banho na Praia da Ponta Negra, ponto turístico da região. 

“Considerando o modelo cota-cota, que utiliza estimativa de chuvas para o Rio Negro e região, há uma tendência de Manaus atingir a cota de seca extrema (14,05 m) nas próximas semanas. Já o prognóstico climático aponta chuvas mais distribuídas na bacia só no final de setembro”, informou a pesquisadora em geociências do SGB Jussara Cury. A mínima histórica registrada em Manaus foi de 12,7 m em outubro de 2023.

Níveis baixos e mínimas históricas na Bacia do Amazonas

Os níveis estão abaixo das mínimas em outros trechos da Bacia do Amazonas. Em Tabatinga (AM), o Rio Solimões registrou, nesta sexta (20), a mínima histórica (desde 1983): -2,06 m. Na estação de Itapéua (AM), a cota atual é de 1,27 m –  menor da história desde 1971. Em Fonte Boa (AM) está na marca de 7,72 m – a mais baixa da série de 1978.

O Rio Madeira chegou, no sábado (14), a 41 cm em Porto Velho (RO), a menor cota da série histórica, desde 1967. Segundo o boletim, a última cota observada foi de 45 cm. Já o Rio Acre, na cidade de Rio Branco (AC), está na cota de 1,27 m – a segunda mínima histórica, atrás da marca de 1,24 m, registrada em 2022. 

Parceria

O monitoramento dos rios é realizado a partir de estações telemétricas e convencionais, que fazem parte da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O SGB opera cerca de 80% das estações da RHN, gerando informações que apoiam os sistemas de prevenção de desastres, a gestão dos recursos hídricos e pesquisas. 

As informações – coletadas por equipamentos automáticos ou a partir da observação por réguas linimétricas e pluviômetros – são disponibilizadas no Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH) e, em seguida, apresentadas na plataforma SACE.

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