Rede Nacional de Monitoramento Isotópico de Chuvas é exibida no 16º Simpósio Internacional de Hidrologia Isotópica
Funcionalidades do Sistema
Rede Nacional de Monitoramento Isotópico de Chuvas é exibida no 16º Simpósio Internacional de Hidrologia Isotópica
06/07/2023 às 00h00
| Atualizado em: 01/03/2024

A operação da Rede Nacional de Monitoramento Isotópico de Chuvas (GNIP) pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) é destaque no 16º Simpósio Internacional de Hidrologia Isotópica, realizado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da Organização das Nações Unidas (ONU). O evento é o maior do mundo sobre o assunto e ocorre até 7 de julho em Viena, na Áustria. Em painel exibido na mostra de pôsteres do evento, pesquisadores do SGB apresentam panorama da operação Rede GNIP, que foi retomada em 2017, após permanecer duas décadas paralisada. “A gente chega nesse simpósio para dizer à comunidade científica internacional que hoje o Brasil voltou a ter Rede, operada pelo SGB, com a ajuda de vários parceiros”, orgulha-se o assessor de Assuntos Internacionais do SGB (ASSUNI), Roberto Kirchheim. O pôster apresentado é resultado de trabalho colaborativo, contou com a participação da pesquisadora em geociências Giana Rezende, que apoiou com técnicas de Sistemas de Informação Geográfica (SIG), e da bibliotecária Claudia Coutinho Lopes, na confecção do layout. “O trabalho com comprometimento e em equipe, com cada um fornecendo seu input profissional, foi fundamental para chegar ao resultado em tempo ajustado e curto”, destacou Kirchheim.

Rede GNIP
Atualmente, a Rede conta com 24 estações de coleta de chuva no Brasil, sendo 21 operadas diretamente pelo SGB ou em parceria. Elas estão instaladas nos seguintes estados: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Das estações, cinco estão instaladas ao longo de fronteiras, como forma de apoiar e reforçar a cobertura isotópica da América Latina. Para este ano, está prevista a publicação e disponibilização de todos os dados gerados até o momento. No painel da AIEA, com os resultados de isótopos em nível global, o Brasil já aparece. A diretora de Hidrologia e Gestão Territorial (DHT), Alice Castilho, acompanha o Simpósio e explicou como é feita a coleta de material pelas estações, bem como a análise do material. “Os equipamentos são similares a um pluviômetro, em que a água é coletada e há um sistema que evita a evaporação. A água é armazenada em um galão durante um mês e depois é retirada uma amostra, de 50 mililitros, que é enviada a Viena”, detalhou. Kirchheim reforçou que “os protagonistas desse processo são os técnicos de cada uma das unidades que realizam a coleta das amostras e envio dos frascos”.
Centro Colaborativo da AIEA
O SGB é o primeiro Centro Colaborativo da AIEA na América do Sul com o papel de disseminação de técnicas isotópicas aplicadas à hidrologia. Em todo o mundo, existem apenas três Centros Colaborativos com essa missão, sendo que o SGB é o único presente no simpósio. Esse reconhecimento viabiliza parcerias técnicas relevantes, como o envio de amostras para análise em laboratórios da Agência. Dentro deste contexto, foi criado o Programa de Aplicações Isotópicas na Hidrologia, que promove uma série de atividades. A Rede Nacional de Monitoramento Isotópico de Chuvas é uma das ações mais importantes. Além disso, o SGB promove capacitação, treinamento, montagem de laboratórios analíticos e a realização de intercâmbios técnicos com outras instituições nacionais e grupos de pesquisa.
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil Ministério de Minas e Energia Governo Federal imprensa@sgb.gov.br