Confira os lançamentos da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial na área de hidrologia e hidrogeologia no último ano
Confira os lançamentos da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial na área de hidrologia e hidrogeologia no último ano
Os projetos contribuem para ampliar o conhecimento sobre os recursos hídricos superficiais e subterrâneos
Brasília (DF) - Desde a sua criação, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) tem como missão gerar e disseminar conhecimento geocientífico com excelência e contribuir para o desenvolvimento sustentável do país, melhorando a qualidade de vida e proporcionando maior bem-estar à população brasileira. Durante o último ano não foi diferente. Por isso, confira os produtos ligados à área de hidrologia e hidrogeologia lançados pela Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial (DHT) nesse período.
Mapas hidrogeológicos
A cartografia hidrogeológica apresenta informações que ampliam o conhecimento sobre a distribuição, o movimento, a quantidade e a qualidade das águas subterrâneas do país. O trabalho tem como base o uso de sistema de informações geográficas (SIG) e o Princípio de Taxonomia Hidrogeológica. No ano de 2024, foram publicados três novos mapas estaduais:
- Mapa Hidrogeológico do Estado de Mato Grosso do Sul
- Mapa Hidrogeológico do Estado de Rondônia
- Mapa Hidrogeológico do Estado de Sergipe
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Chuvas intensas e equações IDF
Foram elaboradas 37 equações IDF em 16 estados, contribuindo para o planejamento urbano e o dimensionamento de estruturas hidráulicas, como sistemas de drenagem pluvial, reservatórios e obras de controle de cheias em municípios de norte a sul do Brasil. Esses estudos sobre chuvas intensas são fundamentais para auxiliar os municípios, tanto para prevenir desastres em áreas vulneráveis quanto para assegurar a eficiência da infraestrutura de drenagem em regiões em desenvolvimento. Os estudos integram o projeto Atlas Pluviométrico.
Análise de frequência de cotas
Esse trabalho permite determinar as vazões máximas ou cotas máximas associadas a uma probabilidade de serem igualadas ou superadas. Os resultados da análise, chamados de “quantis”, são utilizados como valores de projeto no dimensionamento de diversas estruturas hidráulicas ou de aproveitamento dos recursos hídricos. Essa análise também pode ser aplicada de forma contrária, estimando a frequência de um evento de cheia ocorrido, para definir se o acontecimento foi raro ou não. No ano de 2024, foram publicados mais cinco novos projetos:
- Jardim Piranhas (RN)
- Paulista (PB)
- Piancó (PB) - rio Piancó (estação fluviométrica Piancó)
- Pombal (PB) - rio Piancó (estação fluviométrica Pau Ferrado)
- Pombal (PB) - rio Piranhas-Açu (estação fluviométrica Sítio Vassouras)
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Operação da Rede Integrada de Monitoramento das Águas Subterrâneas (RIMAS)
A RIMAS realiza o monitoramento hidrogeológico dos principais aquíferos do país. Os objetivos são, a médio e longo prazos, identificar os impactos às águas subterrâneas em decorrência da exploração ou das formas de uso e ocupação dos terrenos, estimar a disponibilidade do recurso hídrico subterrâneo, e fornecer informações para subsidiar as ações dos órgãos gestores estaduais.
Atualmente a RIMAS tem 504 poços cadastrados para monitoramento. No ano de 2024, foram instalados 24 novos poços (22 perfurados e 2 cedidos) e, atualmente, existem 44 poços com estações telemétricas (29 pela Rede Integrada ANA e 15 MMA/UNESCO).
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Manchas de inundação
Os mapas de manchas de inundação são ferramentas que complementam os Sistemas de Alertas Hidrológicos (SAH). Eles permitem identificar áreas afetadas por inundações, seja por meio de levantamentos de campo após uma inundação, seja por meio de simulações hidráulicas. Essas áreas são associadas às vazões e cotas do rio. Além de apoiar sistemas de alertas, esses mapas também podem ser utilizados como auxílio para planejamento urbano fornecendo informações estratégicas para autoridades, defesas civis e a população, seja para ações emergenciais ou para prevenção de riscos futuros.
Os últimos mapas desenvolvidos foram os de:
- Nova Era (MG), na bacia do Rio Doce
- Xapuri (AC), na bacia do Rio Acre
- Santo Antônio de Pádua (RJ), na bacia do Rio Pomba
- Manaus (AM), na bacia do Rio Amazonas (atualização)
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Sistemas de Alertas Hidrológicos
O SGB mantém Sistemas de Alertas Hidrológicos em 18 bacias hidrográficas pelo Brasil e, no último ano, além de acompanhar essas bacias, manteve operação especial na bacia do rio Guaíba devido à maior cheia ocorrida na região. Essa nova região de monitoramento, cuja operação dos alertas foi realizada em parceria com o IPH/UFRGS, trará melhorias na previsão hidrológica do estado do Rio Grande do Sul.
Outra bacia também contemplada pelo monitoramento especial foi a bacia rio Araguaia.
Na região amazônica, também foi intensificado o monitoramento de outras localidades com previsão de nível, devido à maior seca dos últimos 124 anos.
Para saber mais sobre os monitoramentos de bacias realizados pelo SGB, clique aqui.
Operação da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN)
O SGB, em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), realiza o monitoramento das águas superficiais do país em aproximadamente 3,6 mil estações hidrometeorológicas entre fluviométricas e pluviométricas. Os dados gerados servem como base para as estimativas da disponibilidade hídrica no território brasileiro. Essas informações hidrológicas chegam até as autoridades e gestores competentes, servindo como fundamento para atividades de enfrentamento aos riscos relacionados a inundações e estiagens rigorosas, bem como para o planejamento de Recursos Hídricos. No último ano, foram incluídas quatro novas estações de acompanhamento da bacia do rio Paranapanema, entre os estados de São Paulo e Paraná.
Para saber mais sobre a operação da RHN, clique aqui.
Melhorias na previsão hidrológica na bacia Amazônica
Neste ano, o SGB estabeleceu uma parceria estratégica com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para modernizar os sistemas de previsão hidrológica na bacia Amazônica. Formalizada por meio de um Termo de Execução Descentralizada (TED), essa colaboração tem como objetivo implementar soluções de Inteligência Artificial para aprimorar a capacidade preditiva dos Sistemas de Alertas Hidrológicos (SAH) da região.
Os trabalhos em desenvolvimento visam criar um sistema integrado de previsão tanto para eventos extremos de cheias quanto para períodos de seca, incorporando as mais avançadas tecnologias de modelagem hidrológica usando IA. Esta modernização, que será implementada de forma gradual nos próximos anos, posicionará o SAH Amazonas entre os sistemas de alerta mais modernos do mundo, contribuindo com uma maior segurança para a população, melhorando a capacidade de resposta a desastres naturais e contribuindo com a melhor operação de cadeias econômicas que dependem da navegação na Amazônia.
Raphael Molinaro
Núcleo de Comunicação
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