Pesquisas apresentam panorama geológico e geoambiental em terras indígenas da Amazônia

15/08/2023 às 00h00
 | Atualizado em: 01/03/2024
Ouvir Notícia
Projeto do Serviço Geológico do Brasil foi realizado a partir de pedido feito por comunidades indígenas da etnia Baniwa

Escarpa frontal da Serra do Tunuí (Foto:SGB)
O Projeto Terras Indígenas do Noroeste do Amazonas (PTINA), desenvolvido pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), desempenha um papel crucial na expansão do conhecimento geológico de um território de difícil acesso e com poucos dados disponíveis na Amazônia. Realizado a partir de pedido feito por comunidades indígenas da etnia Baniwa, o PTINA teve início em 2016. A partir das pesquisas, o SGB apresentou um mapeamento geoquímico ambiental e geológico, além do cadastramento de ocorrências minerais, da área localizada nos arredores das serras do Tunuí e Caparro, na região do médio curso do Rio Içana, no município de São Gabriel da Cachoeira, Alto Rio Negro. A área estudada tem aproximadamente 5 mil km² e abrange as comunidades de: Nazaré, Castelo Branco, Ambaúba, Belém, Taiaçu, Tunuí, Santa Rosa, São José, Uarirambá e Vista Alegre.
Comunidade Vista Alegre, localizada às margens do Rio Cuiari na Terra Indígena Alto Rio Negro(Foto:SGB)
O objetivo fundamental do PTINA foi atender a uma demanda por conhecimentos geológicos feita pelas populações indígenas da região sobre o território que ocupam. Com as pesquisas, o SGB ajuda as comunidades a compreenderem o panorama geoquímico ambiental, a geologia e o potencial mineral das terras onde vivem, por meio da coleta de solo e de água, sedimento de corrente e concentrado de bateia dos rios, do mapeamento geológico básico e do cadastramento de ocorrências minerais. A nota explicativa, com os resultados do projeto, está disponível aqui.
Protagonismo

Os indígenas participaram ativamente do projeto com a indicação de trilhas na selva, de entradas de igarapés menores e, principalmente, dos locais onde distinguem algum bem mineral. Além disso, os resultados das etapas do projeto sempre foram apresentados para as comunidades indígenas em mapas preliminares ou informações de campo, traduzidos na língua Baniwa.
(A) Apresentação do mapa preliminar com legenda traduzida para língua Baniwa em comunidade
indígena Baniwa; (B) Instrução científica sobre gemas e minerais para indígenas de comunidade Baniwa(Fotos:SGB)
Durante as pesquisas, o SGB contou com apoio operacional e logístico do Exército Brasileiro, que também promoveu a segurança de toda a equipe de pesquisadores, técnicos, auxiliares de campo e indígenas. O PTINA foi realizado por equipe multidisciplinar e integrada, composta por pesquisadores das diretorias de Geologia e Recursos Minerais (DGM) e Hidrologia e Gestão Territorial (DHT).
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil Ministério de Minas e Energia Governo Federal imprensa@sgb.gov.br

Outras Notícias

Governo federal lança Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR) em Maceió (AL)

Ações incluem reuniões com a prefeitura, atividades em escolas e encontros com comunidades em áreas de risco da capital alagoana

04/08/2025

Geofísica é utilizada pelo SGB para locação de poços em aldeias indígenas de Rondônia

Iniciativa do SGB em parceria com o Ministério da Saúde visa garantir acesso à água de qualidade para comunidades indígenas na Amazônia

04/08/2025

SGB confirma início de todos os projetos de PDI para construção do Centro Científico e Cultural da Urca

O diretor-presidente Inácio Melo anunciou, nesta sexta-feira (1º), que a Petrobras realizou o depósito da primeira parcela para execução do projeto de construção da Litoteca Urca

01/08/2025