Novo equipamento do Serviço Geológico do Brasil agiliza o conhecimento do acervo de partículas de ouro

15/02/2024 às 00h00
 | Atualizado em: 01/03/2024
Ouvir Notícia
Aparelho também pode ser utilizado em análises de rochas, minerais e solos



O Serviço Geológico do Brasil (SGB), por meio da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM), investiu R$ 1 milhão em um equipamento moderno e robusto - um micro fluorescência de raio-x, modelo XGT-9000, do fabricante japonês Horiba – ao seu parque laboratorial.
A técnica de Fluorescência de Raios-X não destrói o objeto estudado, isso permite a identificação da composição e indicação da concentração dos elementos em uma amostra, sem prejudicá-la. Além de sua aplicação em geologia e recursos minerais, a fluorescência de raios X é empregada em pesquisas biofísicas, bioquímicas, arqueologia, componentes eletrônicos, ciência forense, entre outras.
A técnica de Fluorescência de Raios-X funciona da seguinte forma: quando raios-X atingem a amostra, eles fazem com que os elétrons dos átomos na amostra se agitem e ganhem energia. Depois, quando esses elétrons voltam ao seu estado normal, os átomos emitem uma luz especial (fluorescência) que o equipamento pode medir. Cada tipo de átomo emite uma luz com uma energia única, o que permite saber quais elementos estão presentes. Para saber quanto de cada elemento está lá, é usado um método que compara a força dessa luz especial com um padrão já conhecido.
Imediatamente após os testes iniciais e a determinação de protocolos analíticos, a técnica será aplicada no SGB visando agilizar o conhecimento sobre o acervo de partículas de ouro do SGB, mas vale destacar que o equipamento possui aplicações diversas, abrangendo análises de rochas, minerais e solos.

Stella aprende a usar o micro fluorescência de raio-x

Stella Bijos, pesquisadora do SGB, esclareceu que a análise por fluorescência de raios X será o primeiro passo químico no detalhado estudo do ouro. Essa técnica permitirá identificar os elementos principais que acompanham o ouro, assim como detectar, em certos casos, elementos menores presentes em pequenas quantidades junto ao metal. "Esses elementos menores são fundamentais para a pesquisa, pois permitem determinar a origem e o processo de formação do ouro. As informações coletadas são essenciais para rastrear a procedência do ouro, oferecendo conhecimentos sobre sua formação".
Para o SGB, o uso da técnica se torna uma ferramenta poderosa também no suporte ao mapeamento geológico, auxiliando na identificação e classificação de rochas e minerais de interesse, pois para a realização das análises não há exigência de uma etapa de preparação, e o resultado é apreciado em minutos.
Stella também compartilhou que, além de analisar partículas de ouro, o micro XRF será usado de imediato para examinar lâminas petrográficas do Projeto Cordilheira, onde serão estudados os minerais que formam as rochas encontradas na dorsal meso-oceânica.

Stella e Joseneusa durante treinamento

O treinamento na operação do equipamento oferecido pelo fabricante contou com a participação das pesquisadoras Joseneusa Rodrigues e Stella Bijos, que além de iniciar testes com amostras sintéticas padrão, já utilizaram amostras de rochas e minerais do acervo do SGB.

Outras Notícias

PR: SGB conclui a última etapa de campo do ano no estudo sobre a dinâmica costeira em praias de Guaratuba

Pesquisadores realizaram atividade de campo entre os dias 24 e 28 de novembro

11/12/2025

Estudo do SGB aponta que mais de 200 pessoas vivem em áreas de risco geológico em São Geraldo do Baixio (MG)

Mapeamento identificou sete áreas de risco município, orientando ações de prevenção e planejamento urbano

10/12/2025

Artigo publicado em periódico internacional apresenta resultados de pesquisa sobre carbonatos neoproterozoicos e a glaciação marinoana

Pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB) assinam a publicação em parceria com a equipe do Projeto MOBILE

10/12/2025