Centenário Museu de Ciências da Terra será revitalizado e ganhará novos espaços de exposição e pesquisa

12/09/2025 às 17h35
 | Atualizado em: 12/09/2025 às 17h35
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Patrimônio histórico e cultural do Rio de Janeiro fará parte do novo Centro Científico e Cultural da Urca, construído pelo Serviço Geológico do Brasil com financiamento da Petrobras

Foto: Igo Estrela/SGB

Rio de Janeiro (RJ) – O Museu de Ciências da Terra (MCTer), do Serviço Geológico do Brasil (SGB), patrimônio histórico e cultural do Rio de Janeiro, inicia uma nova fase. Será iniciada, ainda neste ano, a recuperação do prédio conhecido como Palácio da Geologia. As obras vão ampliar a estrutura do MCTer, que ganhará novos espaços de exposição, laboratórios, centros para documentação e memória, entre outros. Esse é um marco na história de 118 anos do museu, que possui um dos acervos de geologia e paleontologia mais relevantes da América Latina. 

O MCTer integrará o Centro Científico e Cultural da Urca, um dos maiores projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I) em geociências do país. Essa iniciativa é financiada pela Petrobras, por meio das cláusulas de P,D&I previstas nos contratos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) com empresas do setor. Os investimentos serão de aproximadamente R$ 200 milhões, dos quais R$ 85,5 milhões destinados ao museu. Na próxima sexta-feira (19), o SGB e a Petrobras lançam os processos licitatórios, marcando, simbolicamente, o início da reforma, prevista para dezembro.

 “Para nós, é uma alegria imensa ver este sonho ganhando forma, fruto do trabalho de tantos profissionais dedicados e apaixonados. Esse projeto posiciona o MCTer em sintonia com os grandes museus internacionais e valoriza um acervo único: o mais importante em paleontologia do Brasil e um dos maiores em vertebrados fósseis da América do Sul. Mais que preservar nossa memória científica, o MCTer reafirma seu papel de referência em geologia e paleontologia”, ressalta o diretor-presidente do SGB, Inácio Melo.

A diretora de Infraestrutura Geocientífica do SGB, Sabrina Góis, ressalta que será deixado um legado para todo o Brasil: “Vivemos um momento histórico para a ciência brasileira. O Museu de Ciências da Terra é muito mais que um espaço expositivo, é um símbolo vivo da nossa história e da museologia. Agora, temos a chance de torná-lo ainda mais forte, um lugar que vai encantar visitantes, acolher pesquisadores e despertar em todos o fascínio pelas ciências da terra”.


Ampliação e novos espaços 
Com a revitalização, a área do Museu de Ciências da Terra (MCTer) passará de 2,4 mil m² para 15 mil m², distribuídos em diversos blocos do Palácio da Geologia. O projeto prevê novos espaços para exposições, salas de pesquisa, laboratórios, salas de apoio, centro de documentação e memória, além de departamentos técnicos e administrativos.

A pesquisa também será fortalecida com mais de 650 m² de laboratórios especializados, entre eles: preparação mecânica de fósseis, preparação química de fósseis, micropaleontologia, modelagem (replicagem) de fósseis, preparação de amostras minerais, conservação de acervos documentais, restauro de fósseis, microscopia, petrografia e ilustração científica.

O atendimento ao público será ampliado, reforçando o papel do museu na divulgação científica, como explica a museóloga e coordenadora-geral do MCTer, Célia Corsino: “Hoje, o museu já recebe  mais de 60 mil pessoas por ano. A expectativa é atender dez vezes mais nas novas áreas de exposição, que terão agora 5 mil m², além da biblioteca especializada e da biblioteca Infantil. Também teremos atendimento aos pesquisadores nos laboratórios e reservas especializadas de acervos. Para tanto ainda temos um caminho a percorrer e estamos em busca de parcerias para viabilizar novas exposições e equipar os laboratórios, quando a obra for concluída".


Fortalecimento da curadoria
A expansão permitirá ao MCTer fortalecer a curadoria e ampliar o acervo. Atualmente, o museu tem o mais relevante acervo de paleontologia do Brasil e uma das mais importantes coleções de vertebrados fósseis da América do Sul. Há possibilidade de se tornar depositário oficial dos fósseis apreendidos por coleta ilegal em território brasileiro.

O acervo de geologia e paleontologia do MCTer soma mais de 500 mil itens, dos quais mais de 380 mil já estão catalogados. Essa coleção única é resultado do trabalho realizado por várias gerações de profissionais que, desde 1907, contribuem para as atividades do museu e do SGB.

O MCTer reúne acervo e pesquisas de grande relevância, possui alto potencial de parcerias públicas e privadas, tem programa educativo consolidado com parcerias de diversas prefeituras e está em uma localização estratégica para o turismo. Esses fatores o qualificam para se tornar referência no cenário museológico e científico.

Serviço 
Cerimônia de lançamento dos processos licitatórios para as obras Centro Científico e Cultural da Urca
Data
: 19/09/2025 (sexta-feira)
Horário: 15h
Local: Museu de Ciências da Terra (MCTer) - Salão Nobre
Endereço: Av. Pasteur, 404, na Urca


Os jornalistas interessados na cobertura devem confirmar a presença até o dia 18 de setembro pelo e-mail: imprensa@sgb.gov.br 
 

Larissa Souza
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br 

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