Após o ano de 2021 ter sido marcado pela maior cheia de toda a história de monitoramento do rio Negro em Manaus e outros rios da região, observa-se mais uma vez, em 2022, uma cheia de magnitudes históricas, conforme previsto pelos “Alertas de Cheias do Amazonas” desde o mês de março. Em Manaus, o nível do rio atingiu os 29,75 m em 22 de junho, superando a 4ª maior cheia até então, registrada em 1953. Em 07 de maio, o nível do rio atingiu a cota de inundação severa (29,00 m), quando o centro da cidade, na rua dos Barés, começou a inundar. Após atingir a cota máxima em junho, o rio permaneceu na mesma cota por 04 dias, começando a apresentar redução em seu nível a partir do dia 26 de junho. Segundo a pesquisadora Luna Alves, responsável pelo Sistema de Alerta Hidrológico do Amazonas, já é possível afirmar que o processo de vazante teve início na região. “Se considerarmos o período do ano em que estamos, e observarmos o comportamento hidrológico das estações localizadas nos principais rios que drenam para a região - o Negro e o Solimões - é possível afirmarmos que um menor volume de água vem chegando à região nos últimos dias, garantindo o encerramento do processo de enchente”, explica a pesquisadora. Esse comportamento, descrito para o rio Negro em Manaus, também é observado nos outros grandes rios da região, como o Solimões e Amazonas. O que indica que municípios próximos como Iranduba (AM), Careiro da Várzea (AM), Careiro Castanho (AM), Manacapuru (AM), Itacoatiara (AM) e até Parintins (AM) também estejam começando a observar o princípio dos processos de vazante em seus rios. Mesmo com o início da vazante, os impactos associados às inundações severas ainda não estão encerrados. Em Manaus, por exemplo, o nível do rio hoje é de 29,67 m, ou seja, encontra-se 0,67 m acima da cota de inundação severa do município. Considerando a baixa velocidade de descida do nível, característica desse princípio de vazante, é provável que o rio se mantenha ainda por algumas semanas acima dessa cota de referência. Se considerarmos a cota de inundação, que para Manaus é de 27,50 m, marcando o primeiro ponto a ser inundado no município, é provável que o rio ainda se mantenha acima desse padrão, mantendo alguns pontos ainda inundados ao longo de todo o próximo mês, pelo menos. Para saber as demais cotas de referências dos municípios do Amazonas, clique aqui . É importante ressaltar que a análise é válida para Manaus e região, mas não pode ser extrapolada para áreas mais longínquas do estado, como para o alto rio Negro, na região conhecida com o Cabeça de Cachorro. Em São Gabriel da Cachoeira (AM) e Santa Isabel do rio Negro (AM), mesmo que o nível do rio esteja apresentando-se atualmente estável, como é uma região de resposta hidrológica mais rápida, é possível que os níveis dos rios voltem a subir, caso ocorro um volume de chuvas expressivas na região. Na bacia do rio Branco, localizada no estado de Roraima e principal afluente do rio Negro, os níveis dos rios são considerados altos para o período, tanto na capital Boa Vista como em Caracaraí (RR). Ao longo das últimas semanas, um expressivo volume de chuvas vem caindo na região. Caso grandes volumes de chuvas ocorram novamente na bacia nos próximos dias, é possível que os níveis dos rios voltem a subir na região. As estações do rio Branco são também monitoradas pelo Sistema de Alerta Hidrológico do rio Branco, que emite boletins semanais de monitoramento durante os períodos de cheias, e boletins diários de Alerta sempre que um dos municípios apresenta nível de rio acima da respectiva cota de Alerta. Todas as informações são disponibilizadas na página do SAH Branco . O Sistema de Alerta Hidrológico do Amazonas mantém ao longo de todo ano a publicação de boletins de monitoramento semanais, avaliando a situação hidrológica de estações consideradas estratégicas nas calhas dos principais rios da Amazônia Ocidental. Todas as informações são disponibilizadas na página do SAH Amazonas . Os boletins mais recentes de cada um dos sistemas podem ser acessados pelos links: Boletim mais recente SAH Amazonas Boletim mais recente SAH Branco
Os dados hidrológicos utilizados nos boletins são provenientes da Rede Hidrometeorológica Nacional de responsabilidade da Agência Nacional das Águas e Saneamento Básico (ANA), operada pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Quer receber em seu e-mail todos os boletins publicados pelos SAH Amazonas ou pelo SAH Branco? Envie um e-mail para alerta.amazonas@cprm.gov.br ou alerta.branco@cprm.gov.br solicitando seu cadastro!
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