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Geólogo do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), Oderson Souza Filho foi apontado como destaque pelo Subcomitê Global da Sociedade de Geofísicos de Exploração (SEG). O reconhecimento foi publicado na última edição da Near-Surface Views, newsletter do grupo. O boletim prestigiou os trabalhos do pesquisador em estudos hidrogeológicos e na avaliação da exposição humana ao gás nobre radônio (Rn).
Na hidrogeologia, os estudos do geólogo são voltados para a prospecção de aquíferos com potencial para a instalação de poços tubulares profundos em todo o território brasileiro. O estudo de Souza dialoga com as desigualdades no acesso à água potável na América do Sul, “que podem ser atenuadas pela exploração de lençóis freáticos. As águas subterrâneas desempenham um papel importante para suprir o abastecimento de água para consumo humano, amplificar sistemas de irrigação e desenvolver a economia”, pontua a publicação.
A pesquisa mais recente do geocientista busca descobrir a função do ponto de vista hidrogeológico dos diques vulcânicos máficos em diferentes unidades geológicas, além de entender seus impactos nos recursos hídricos subterrâneos. Acerca do trabalho que será realizado por ele em conjunto com geofísicos, hidrogeólogos e matemáticos, que se juntam para caracterizar diques vulcânicos em aquíferos do embasamento cristalinodo Paraná, o geólogo comentou: “essa será a primeira vez que o estudo de sons de ressonância magnética será utilizado para análises hidrológicas no Brasil”.
Oderson também teve o seu trabalho no Programa de Risco de Radônio para o Brasil reconhecido pela SEG. Dentro do projeto, o pesquisador analisa o risco de exposição ao radônio em habitações e o desenvolvimento de câncer pulmonar como possível consequência desse contato. “O Serviço Geológico do Brasil iniciou em 2018 um programa integrado com base em três pilares: Mapa de Risco de Radônio, Relação Causal com o Câncer de Pulmão e Planos de Prevenção e Mitigação”, comentou Souza Filho sobre os esforços do SGB-CPRM para identificar áreas propensas a radônio e orientar autoridades públicas na criação de diretrizes para minimizar o risco de exposição ao gás nobre.
Amanda Rosa
Assessoria de Comunicação Serviço Geológico do Brasil - CPRM Ministério de Minas e Energia imprensa@cprm.gov.br