O estudo, realizado pelo SGB, apresenta mapas para 44 elementos químicos, a partir da integração de resultados de 1.042 amostras de sedimento de corrente



O Atlas Geoquímico da Região Leste de Carajás (RLC), vinculado ao Projeto Geologia, Recursos Minerais e Evolução Crustal de Carajás, foi desenvolvido pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), por meio da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM), e visa expandir o conhecimento acerca da distribuição de metais e outros elementos no meio ambiente, auxiliar na seleção de áreas com maior favorabilidade mineral e na identificação de unidades geológicas não mapeadas.
O estudo mostra uma área correspondente a 18.000 km2, inserida em uma das maiores províncias minerais do planeta. A geoquímica traz informações sobre a abundância, seja natural ou antropogênica, dos elementos químicos nos ambientes (rocha, solo, água).
No documento são apresentados mapas para 44 elementos químicos, gerados a partir da integração de resultados analíticos de 1.042 amostras de sedimento de corrente. Os resultados do trabalho confirmam a presença de associações geoquímicas em depósitos minerais previamente identificados (ouro e cobre) e descobriram a possibilidade de depósitos (Au, Cu, Mo) ainda desconhecidos pela cartografia geológica e pelos estudos metalogenéticos e pesquisa mineral.
Do ponto de vista ambiental, os dados disponibilizados estabelecem valores de linha de base para a região, que podem ser interpretados para determinar possíveis fontes prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, tanto antropogênicas quanto geogênicas. Também servem de base para monitoramento ambiental em escala regional e podem ser utilizados no futuro para acompanhamento de alterações na distribuição de elementos de interesse. Isso é de vital importância em uma área onde predominam atividades agropecuárias e de mineração.
Vale destacar que o Atlas Geoquímico da Região Leste de Carajás está alinhado a sete dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU):
• Erradicação da pobreza;
• Fome zero e agricultura sustentável;
• Saúde e bem-estar;
• Água potável e saneamento;
• Indústria, Inovação e Infraestrutura;
• Cidades e comunidades sustentáveis;
• Consumo e produção responsáveis.
A partir dessa entrega, o SGB busca apoiar a formulação de políticas públicas e contribuir para a atração de investimentos no setor mineral, através do fornecimento de informações e dados vindos dos levantamentos geoquímicos. Baseado nesse contexto, espera-se que os efeitos dessa política setorial possam resultar na geração de empregos, renda e desenvolvimento social.
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