Vetores de expansão urbana de Ouro Preto (MG) tem 174 áreas sujeitas a deslizamentos, queda de blocos e fluxo de detritos

09/03/2023 às 00h00
 | Atualizado em: 01/03/2024
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Serviço Geológico do Brasil realizou mapeamento em algumas áreas de expansão da sede do município e do distrito de Cachoeira do Campo.
Trecho da drenagem encaixada a montante da cachoeira e do bairro N.S. do Carmo
Foram identificadas 174 áreas sujeitas a deslizamentos, queda de blocos e fluxo de detritos em alguns vetores de expansão urbana da cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais. É o que revela a Carta de Perigo a Movimentos Gravitacionais de Massa, elaborada pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) e publicada em janeiro, disponível aqui. O estudo foi realizado em áreas específicas da sede do município e do distrito de Cachoeira do Campo – regiões que apresentam grande número de habitantes e estão em processo de ampliação da ocupação do território.
Conforme foi identificado, dos setores de risco, 29 estão nos bairros Vila Aparecida, Lagoa, Itacolomi, Novo Horizonte e Nossa Senhora do Carmo, e 145 no distrito de Cachoeira do Campo, em áreas já urbanizadas ou passíveis de ocupação. A maioria das áreas (um total de 169) apresenta risco de deslizamentos planares, sendo 26 na sede e 143 no distrito. Há ainda três setores com perigo de queda de blocos rochosos e dois suscetíveis a fluxo de detritos.
O estudo realizado pelo SGB fornece aos gestores informações importantes, que ajudam na tomada de decisões relacionadas às políticas de ordenamento territorial e prevenção de desastres. Informações do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD) revelam que os movimentos gravitacionais de massa, juntamente com os processos hídricos, estão relacionados à maior parte dos desastres provocados por perigos naturais no Brasil.
Cooperação bilateral - A elaboração das cartas é orientada pelo Manual de Mapeamento de Perigo e Risco a Movimentos Gravitacionais de Massa. O documento foi desenvolvido pelo SGB no âmbito do Projeto de Fortalecimento da Estratégia Nacional de Gestão Integrada em Riscos de Desastres Naturais (GIDES). Essa iniciativa teve início em 2013, como resultado de parceria firmada entre a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), para o fortalecimento da capacidade de gestão de riscos e resposta a desastres de movimentos de massa no Brasil.
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