O objetivo é o monitoramento e previsão de níveis de rios, visando gerar e disseminar informações hidrológicas



O Serviço Geológico do Brasil (SGB), por meio da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial (DHT), atualmente é responsável por 17 Sistemas de Alerta Hidrológico (SAHs), em diversas bacias do país, nas regiões mais fortemente afetadas por processos de inundações. No estado do Rio, mais de 620 mil pessoas são beneficiadas por esses sistemas.
O objetivo dos SAHs é o monitoramento e previsão de níveis de rios, visando gerar e divulgar informações hidrológicas para subsidiar a tomada de decisões por parte dos mais diversos órgãos relacionados à redução dos impactos de eventos hidrológicos extremos.
Os Sistemas de Alerta Hidrológico dos Rios Pomba e Muriaé iniciam as operações de envio de boletins, no mês de novembro, mês que inicia o ciclo chuvoso no Sudeste, também chamado início do ano hidrológico. Sempre que o nível desses rios excedem as cotas de Alerta em Santo Antônio de Pádua e Aperibé, na bacia do rio Pomba e em Itaperuna, Cardoso Moreira, na bacia do rio Muriaé são emitidos Boletins de Alerta Hidrológico três vezes ao dia, com previsão para cotas futuras nos municípios nas próximas horas.
Um avanço recente do SAH foi adicionar previsões de níveis para o Rio Paraíba do Sul, em Campos dos Goytacazes, beneficiando direta ou indiretamente mais de 500 mil habitantes, deste município.
“Os SAHs são muito importantes porque, no monitoramento online de chuva e níveis, são realizadas previsões de inundações nos municípios beneficiados. Essas previsões são enviadas para instituições locais e regionais, como defesas civis e prefeituras que, a partir das informações, podem tomar providências que minimizem os impactos à população atingida, como a relocação de moradores e a interdição de vias”, explicou Marcos Figueiredo Salviano, pesquisador em Geociências da Gerência de Hidrologia e Gestão Territorial do SGB.
Ele acrescentou que o Sistema de Alerta Hidrológico facilita o acesso aos dados hidrológicos, isto é, às cotas dos rios e precipitações, por um banco de dados acessível. “Para alguns municípios foram realizados estudos de manchas de inundação, que mostram quais locais do município serão atingidos quando a cota do rio estiver em um determinado nível. Inclusive podem ser utilizados como uma ferramenta de planejamento urbano”, disse.
As 17 bacias monitoradas pelo SGB apresentam uma ampla diversidade de magnitudes, em termos de área de drenagem, e consequentemente de padrões de comportamento hidrológico. Por isso, cada um dos sistemas opera de forma singular, respeitando as especificidades de cada local, com metodologias de operação adequadas a cada uma delas. Entre as ferramentas utilizadas em comum pelos sistemas, está a publicação de Boletins de Monitoramento Hidrológico e Boletins de Alerta Hidrológico.
Mais informações a respeito das bacias, todos os boletins já publicados, relatórios técnicos, publicações acadêmicas e científicas, manchas de inundações, entre outras informações, podem ser encontradas nos links: www.cprm.gov.br/sace/pomba e www.cprm.gov.br/sace/muriae.
Os dados hidrológicos utilizados nos boletins são provenientes da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), de responsabilidade da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), operada em parceria pelo Serviço Geológico do Brasil.
Saiba mais sobre os Boletins

Os Boletins de Monitoramento Hidrológico visam disseminar informações hidrológicas, normalmente em períodos do ano em que existe maior probabilidade de ocorrência de eventos extremos na região de abrangência. Já os Boletins de Alerta trazem, além do monitoramento, previsões de níveis dos rios e são publicados em geral nas ocasiões em que pelo menos uma das estações monitoradas apresenta seu nível acima da cota definida como alerta.
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