A iniciativa visa capacitar profissionais do Brasil e de outros países da América do Sul, principalmente da Bacia Amazônica



O Serviço Geológico do Brasil (SGB), em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), realizará a 19ª edição do Curso Internacional de Medições em Grandes Rios: Técnicas de Medição, entre 25 de agosto e 2 de setembro, em Manaus e Manacapuru, no estado do Amazonas.
A iniciativa visa capacitar os profissionais da área de recursos hídricos do Brasil e de outros países da América do Sul, principalmente da Bacia Amazônica, nas metodologias utilizadas no trabalho de medição, cálculo de descarga líquida e determinação dos parâmetros de qualidade de água em grandes rios.
O treinamento oferece 42 vagas, e as inscrições serão recebidas entre 5 e 30 de junho, por meio do portal Educação e Capacitação para a Regulação e Gestão das Águas e Saneamento, que pode ser acessado aqui. O curso será realizado em português e terá carga de 80 horas.
Com a medição em grandes rios, os especialistas podem calcular a disponibilidade de água de um rio de grande porte, como é o caso do Solimões, onde ocorrem as atividades de campo, com uso de técnicas modernas e tradicionais. Com as técnicas abordadas, também é possível realizar o controle de inundações, como já acontece no entorno de Manaus.
“A capacitação contribui muito para o trabalho de campo realizado pelo SGB; na maioria das vezes realizado em cursos d'água menores que os da região amazônica. Portanto, a capacitação em grandes rios garante aprendizagem que abrange as diversas situações encontradas em campo pelos técnicos do SGB para a realização de medições de vazão”, disse Ana Costi, pesquisadora em Geociências do Serviço Geológico do Brasil.
As informações levantadas a partir da realização anual do curso contribuem para o aumento de dados sobre recursos hídricos que podem ser úteis para o balanço hídrico da Bacia Amazônica e de outras bacias que fazem fronteira com o Brasil. Além disso, a partir da padronização de procedimentos, promovida pelo curso, se estabelece a rastreabilidade desses dados, sendo assim, possível o registro histórico do comportamento do rio, como também possibilita a comparação com outras bacias hidrográficas.
Ao longo dos anos de realização do curso, já foram capacitados mais de 600 técnicos brasileiros e 150 técnicos do exterior, vindos das bacias que fazem parte da Bacia Amazônica em outros países da América Latina.
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