SGB: Atlas Geoquímico da Mesorregião Sul Catarinense apresenta 141 mapas
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SGB: Atlas Geoquímico da Mesorregião Sul Catarinense apresenta 141 mapas
01/06/2023 às 00h00
| Atualizado em: 01/03/2024
Documento engloba 47 municípios, que somam uma população de mais de um milhão de pessoas
O Serviço Geológico do Brasil (SGB), por meio da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial (DHT), apresenta o Atlas Geoquímico da Mesorregião Sul Catarinense, que traz informações valiosas para mais de um milhão de pessoas que vivem nas regiões hidrográficas sul e extremo sul de Santa Catarina.
Com uma coleção de 141 mapas geoquímicos e amplo estudo dos meios solo, sedimento de fundo dos rios e meio água de superfície, o documento traz dados importantes sobre a Região Carbonífera de Santa Catarina, que tem histórico de exploração de carvão desde 1885, e acarretou sérios danos ao meio ambiente, especialmente aos recursos hídricos. Além disso, engloba 47 municípios, que somam uma população de mais de um milhão de pessoas.
O mapeamento apresenta também uma coleção de 53 elementos químicos, para os meios solo e sedimento de fundo dos rios, além de 27 cátions, 2 ânions, 4 parâmetros físico-químicos e mapas de cargas elementares para o meio água de superfície.
Essa área de 10.827 km2 cobre totalmente a Região Carbonífera de Santa Catarina (RCSC) e abrange as bacias hidrográficas dos rios Araranguá, Urussanga e Tubarão, o que inclui os 2.750 km2 afetados pela atividade de mineração do carvão.
Até a década de 1980, a atividade extrativa ocorria sem nenhum cuidado ou controle ambiental. A prática ocasionou a geração de Drenagem Ácida de Mina (DAM), que resulta em acidificação do meio aquático, produção de sólidos alaranjados e liberação de metais pesados. Nessa situação, as águas são corrosivas, e a toxicidade do meio degrada o ecossistema fluvial, o que pode até torná-lo inviável para muitas formas de vida aquática.
Em áreas de mineração de carvão, o maior desafio é controlar a geração de drenagem ácida de mina, provocada pela oxidação da pirita. A reação produz sulfato de ferro solúvel e ácido sulfúrico, que desencadeiam os processos envolvidos na geração de DAM.
Segundo a pesquisadora em Geociências do SGB Melissa Franzen, os resultados obtidos no Atlas permitiram estimar valores elementares medianos regionais para as águas superficiais, sedimentos de corrente e solos (superficiais e subsuperficiais), o que pode ajudar acadêmicos, gestores e mineradores a propor, praticar ou atingir metas de recuperação condizentes com a natureza e histórico da área de estudo.
"Com o objetivo de conhecer as características naturais da região, sem o impacto da atividade mineira, este estudo focou na região do entorno da RCSC e incluiu desde as cabeceiras até a foz das regiões hidrográficas onde a mesma encontra-se inserida, no que se refere à geoquímica de águas superficiais, sedimentos de corrente e aos teores dos elementos químicos em solos da região", informou Melissa.
Ela também destacou que cada ponto de amostragem de água superficial foi acompanhado de medição de vazão, de modo que foi possível estimar as cargas elementares, isto é, concentração x vazão. E acrescentou: “a composição química dos sedimentos de fundo é contribuição inédita do Atlas para esta área e representa a composição do substrato geoquímico, rochas e solos, na área de drenagem”.
Esses mapas podem ser usados como instrumentos de planejamento territorial, desenvolvimento, projetos e ações sustentáveis do meio físico, favorecendo uma gestão ambiental, social e econômica mais equilibrada.
Desde 2007, o Serviço Geológico do Brasil realiza esses trabalhos. No caso do Atlas, foram feitos como suporte ao Projeto de Recuperação Ambiental das Áreas Degradadas pela Mineração de Carvão. Foram coletadas, ao todo, 74 amostras de sedimentos de fundo, 74 amostras de água de superfície, 35 amostras de solo superficial e 35 amostras de solo subsuperficial.
Os Atlas Geoquímicos fazem parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, entre eles as Cidades e Comunidades Sustentáveis e a Ação Contra a Mudança Global do Clima.
O Atlas busca contribuir para o controle da geração de drenagem ácida de mina, um desafio complexo em áreas de mineração de carvão e pode ser acessado no site do Repositório Institucional de Geociências (Rigeo). Veja aqui.
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil Ministério de Minas e Energia Governo Federal imprensa@sgb.gov.br
O Serviço Geológico do Brasil (SGB), por meio da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial (DHT), apresenta o Atlas Geoquímico da Mesorregião Sul Catarinense, que traz informações valiosas para mais de um milhão de pessoas que vivem nas regiões hidrográficas sul e extremo sul de Santa Catarina.
Com uma coleção de 141 mapas geoquímicos e amplo estudo dos meios solo, sedimento de fundo dos rios e meio água de superfície, o documento traz dados importantes sobre a Região Carbonífera de Santa Catarina, que tem histórico de exploração de carvão desde 1885, e acarretou sérios danos ao meio ambiente, especialmente aos recursos hídricos. Além disso, engloba 47 municípios, que somam uma população de mais de um milhão de pessoas.
O mapeamento apresenta também uma coleção de 53 elementos químicos, para os meios solo e sedimento de fundo dos rios, além de 27 cátions, 2 ânions, 4 parâmetros físico-químicos e mapas de cargas elementares para o meio água de superfície.
Essa área de 10.827 km2 cobre totalmente a Região Carbonífera de Santa Catarina (RCSC) e abrange as bacias hidrográficas dos rios Araranguá, Urussanga e Tubarão, o que inclui os 2.750 km2 afetados pela atividade de mineração do carvão.
Até a década de 1980, a atividade extrativa ocorria sem nenhum cuidado ou controle ambiental. A prática ocasionou a geração de Drenagem Ácida de Mina (DAM), que resulta em acidificação do meio aquático, produção de sólidos alaranjados e liberação de metais pesados. Nessa situação, as águas são corrosivas, e a toxicidade do meio degrada o ecossistema fluvial, o que pode até torná-lo inviável para muitas formas de vida aquática.
Em áreas de mineração de carvão, o maior desafio é controlar a geração de drenagem ácida de mina, provocada pela oxidação da pirita. A reação produz sulfato de ferro solúvel e ácido sulfúrico, que desencadeiam os processos envolvidos na geração de DAM.
Segundo a pesquisadora em Geociências do SGB Melissa Franzen, os resultados obtidos no Atlas permitiram estimar valores elementares medianos regionais para as águas superficiais, sedimentos de corrente e solos (superficiais e subsuperficiais), o que pode ajudar acadêmicos, gestores e mineradores a propor, praticar ou atingir metas de recuperação condizentes com a natureza e histórico da área de estudo.
"Com o objetivo de conhecer as características naturais da região, sem o impacto da atividade mineira, este estudo focou na região do entorno da RCSC e incluiu desde as cabeceiras até a foz das regiões hidrográficas onde a mesma encontra-se inserida, no que se refere à geoquímica de águas superficiais, sedimentos de corrente e aos teores dos elementos químicos em solos da região", informou Melissa.
Ela também destacou que cada ponto de amostragem de água superficial foi acompanhado de medição de vazão, de modo que foi possível estimar as cargas elementares, isto é, concentração x vazão. E acrescentou: “a composição química dos sedimentos de fundo é contribuição inédita do Atlas para esta área e representa a composição do substrato geoquímico, rochas e solos, na área de drenagem”.
Esses mapas podem ser usados como instrumentos de planejamento territorial, desenvolvimento, projetos e ações sustentáveis do meio físico, favorecendo uma gestão ambiental, social e econômica mais equilibrada.
Desde 2007, o Serviço Geológico do Brasil realiza esses trabalhos. No caso do Atlas, foram feitos como suporte ao Projeto de Recuperação Ambiental das Áreas Degradadas pela Mineração de Carvão. Foram coletadas, ao todo, 74 amostras de sedimentos de fundo, 74 amostras de água de superfície, 35 amostras de solo superficial e 35 amostras de solo subsuperficial.
Os Atlas Geoquímicos fazem parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, entre eles as Cidades e Comunidades Sustentáveis e a Ação Contra a Mudança Global do Clima.
O Atlas busca contribuir para o controle da geração de drenagem ácida de mina, um desafio complexo em áreas de mineração de carvão e pode ser acessado no site do Repositório Institucional de Geociências (Rigeo). Veja aqui.
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