Serviço Geológico do Brasil publica estudo que contribui para salvar vidas em Paudalho (PE)

29/08/2023 às 00h00
 | Atualizado em: 01/03/2024
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Em relatório, SGB indica existência de 17 áreas de risco e apresenta recomendações para mitigar ou prevenir danos

 Distrito Guadalajara (Foto: SGB)
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) mapeou 17 áreas de risco no município de Paudalho, no estado de Pernambuco. De acordo com o levantamento, os setores estão sujeitos a perdas ou danos causados por deslizamentos, inundações, enxurradas e quedas de blocos. Os resultados do trabalho constam no relatório da Cartografia de Risco Geológico, publicado em julho no Repositório Institucional de Geociências, disponível aqui. Com o estudo, são gerados aos gestores públicos subsídios técnicos importantes para implantação de políticas públicas que previnam desastres. Dessa forma, o SGB contribui para proteger pessoas que vivem em áreas de risco, que somam 672 habitantes. As ações adotadas a partir das informações do SGB também contribuem para evitar perdas materiais e impulsionar o desenvolvimento regional. Das áreas mapeadas, 13 foram classificadas como de risco “alto”, e quatro como de “risco muito alto”, devido ao alto grau de vulnerabilidade das moradias. “As conclusões apontam que as áreas de risco geológico cartografadas decorrem das características naturais do meio físico e da ocupação inadequada do território”, aponta o relatório. Ao todo, são 168 imóveis construídos nos setores de risco, que estão nas seguintes localidades: Bobocão II, Rua Onze, Ferro Velho (BR-048), Distrito Guadalajara, Rua Antônio Pimentel, Loteamento Belém, Loteamento Primavera, Rua Capitão Pedro Ivo, Rua Marechal Deodoro com Alto Bela Vista e Rua Marechal Deodoro com Rua Dois Irmãos.
Políticas públicas para prevenção a desastres

Para auxiliar na adoção de medidas que erradiquem ou reduzam impactos e riscos geológicos, o SGB apresenta uma série de recomendações. A primeira é avaliar a possibilidade de, durante o período de chuvas, remover moradores que se encontram nas áreas de risco ou realocá-los temporariamente para locais seguros. Outra recomendação é desenvolver estudos de adequação do sistema de drenagem pluvial e de esgoto para evitar que o fluxo seja direcionado sobre a face dos taludes ou encostas. As cartografias de risco geológico geram aos gestores públicos insumos para elaboração de políticas públicas habitacionais, de saneamento básico, de planejamento urbano e de prevenção de desastres. Além disso, são instrumentos importantes para apoiar a seleção de áreas prioritárias, a serem contempladas por obras. Os dados também embasam as ações dos órgãos de fiscalização, voltadas à inibição da expansão das áreas de risco. Esse trabalho está ainda alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), em especial aos ODSs 1, 2, 9, 11, 12 e 13, que tratam de: erradicação da pobreza; fome zero e agricultura sustentável; indústria, inovação e infraestrutura; cidades e comunidades sustentáveis; consumo e produção responsáveis e ação contra a mudança global do clima.
Áreas de risco em Pernambuco

O SGB já realizou mapeamento em 102 municípios do estado de Pernambuco e identificou 776 áreas de risco. Segundo os estudos, 211 mil pessoas vivem nos setores mapeados.
Núcleo de Comunicação
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