Objetivo é tornar a geologia acessível também para turistas e contribuir para a gestão dos parques

<< Asscom/gca.jpg|Geoparque Cachoeiras do Amazonas (AM). Foto: Gilmar Honorto|center>>

O Serviço Geológico do Brasil (SGB) possui um projeto de levantamento da geodiversidade voltado ao fomento ao geoturismo que conta a história geológica e origem das paisagens dos pontos turísticos presentes nos parques nacionais e demais áreas turísticas. O geoparque de Presidente Figueiredo, no Amazonas, e os Parques Nacionais da Serra da Capivara, no Piauí, e Serra da Canastra, em Minas Gerais, são os locais onde há os três projetos em andamento e a expectativa é que esse tipo de estudo esteja disponível para todo o país.
A proposta prevê a elaboração de guias virtuais e placas indicativas em mirantes, trilhas, cachoeiras, cavernas, para garantir que o turista entenda mais sobre aquelas formações rochosas do local. São previstos, ainda, a capacitação para guias turísticos e condutores de visitantes.

<< Asscom/sdcf.jpg|Serra da Canastra. Foto: Lígia Ribeiro|center>>

Pesquisadores do SGB acreditam que o turismo de natureza, com foco no geoturismo vem sendo demandada pela população, principalmente pelas mudanças econômicas, ambientais, sociais e culturais da sociedade. “Há turistas muito interessados em conhecer a história por trás da beleza das cachoeiras e formações rochosas”, diz a pesquisadora em geociências Maria Adelaide Mansini, responsável pelo projeto.
Este trabalho é coordenado pelo Departamento de Gestão Territorial (DEGET), da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial (DHT), e inclui o levantamento da geodiversidade tanto dos parques nacionais como das áreas com potencial para a criação de geoparques. As informações são catalogadas e transformadas em material didático de linguagem simples. Além disso, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) assinará uma parceria com o SGB para promover essas ações em seus parques nacionais.

Geoturismo

Geoturismo é uma forma de turismo que utiliza, como principal atrativo, a geologia de uma região e está ligado ao conhecimento do meio ambiente. A prática pode se tornar uma alternativa de atividade econômica sustentável, unindo o turismo, a geoconservação e a educação, além promover a integração entre geodiversidade, biodiversidade, história, cultura, entre outros aspectos.
“A ideia, no longo prazo, é de que a geodiversidade seja tão valorizada quanto a biodiversidade, uma vez que é um substrato para a flora e a fauna, e que a geologia seja considerada em todos os planos de manejo de parques nacionais”, acrescenta Mansini.

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