Serviço Geológico do Brasil identifica quatro áreas de risco “alto” e duas “muito alto” no município de Colinas, no Rio Grande do Sul

25/09/2023 às 00h00
 | Atualizado em: 01/03/2024
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Eventos estão associados a movimentos gravitacionais de massa e inundações

RS-129 inundada em Colinas isolando o
município (Foto: Júlio César Lenhard)
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) apresenta a Cartografia de Risco Geológico de Colinas, no Rio Grande do Sul. O mapeamento identificou quatro áreas de risco “alto” e duas de risco “muito alto”, relacionados à inundação do Rio Taquari e de seus afluentes ou a movimentos gravitacionais de massa de origem natural. Veja aqui o levantamento. O setor de risco associado a movimentos gravitacionais de massa está localizado na Comunidade Ano Bom, em um contexto de encostas de morros decorrentes da dissecação do Planalto das Araucárias. No caso das inundações, foram delimitadas cinco áreas de risco. De acordo com o estudo, as águas atingem os setores mais baixos, na região central do município, invadindo moradias, interditando vias de acesso e causando prejuízos ao agronegócio – principal atividade econômica de Colinas. Vale ressaltar que o SGB implantou um Sistema de Alerta de Eventos Críticos para a Bacia Hidrográfica do Taquari (SAH Taquari), a fim de atender à população do Vale do Taquari, que recorrentemente é assolada pela inundação do Rio Taquari. A iniciativa conta com uma rede de monitoramento hidrológico automático e telemétrico, que transmite em tempo real dados de chuvas e níveis dos rios.
Áreas de Risco no Rio Grande do Sul

Até o final de agosto, o SGB já havia realizado cartografias de áreas de risco geológico em 61 municípios do Rio Grande do Sul e identificado 703 setores que podem sofrer processos geológicos. O número de pessoas que vivem em moradias de risco passa de 379 mil, conforme as informações dos relatórios disponíveis aqui.
Políticas públicas para prevenção de desastres

O estudo apresenta sugestões para diminuir ou erradicar o risco geológico, como: avaliar a possibilidade de remover ou realocar temporariamente, em locais seguros, os moradores que se encontram nas áreas de risco, durante o período de chuvas; e desenvolver estudos de adequação do sistema de drenagem pluvial e de esgoto, a fim de evitar que o fluxo seja direcionado sobre a face dos taludes ou encostas. O mapeamento realizado pelo SGB é essencial para subsidiar a tomada de decisões acertadas, relacionadas às políticas de ordenamento territorial e prevenção de desastres. Além disso, auxilia na definição de critérios para disponibilização de recursos públicos destinados ao financiamento de obras de prevenção e resposta a desastres. Dessa forma, o SGB contribui para reduzir vulnerabilidades sociais e impulsionar o desenvolvimento regional. A atuação do SGB está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), em especial aos ODSs 1, 2, 9, 11, 12 e 13, que tratam de: erradicação da pobreza; fome zero e agricultura sustentável; indústria, inovação e infraestrutura; cidades e comunidades sustentáveis; consumo e produção responsáveis e ação contra a mudança global do clima.
Núcleo de Comunicação
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