Serviço Geológico do Brasil expandirá o monitoramento da Rede Hidrometeorológica Nacional em bacias hidrográficas do estado de São Paulo em 2024

11/12/2023 às 00h00
 | Atualizado em: 01/03/2024
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Com a aprovação do novo Plano de Trabalho, o SGB amplia em 40% a rede atual operada pela Superintendência Regional de São Paulo, que passará dos atuais 167 pontos de monitoramento para 238 pontos, coordenados pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)

Reunião para aprovação do Plano de Trabalho da RHN ocorreu entre 5 e 7 de dezembro no Escritório do SGB no Rio de Janeiro (Foto: Victor Oliveira/SGB)
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) irá expandir em 40% o número de pontos de monitoramento da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), operados pela Superintendência Regional de São Paulo (SUREG-SP). A RHN é coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). A partir de 2024, passarão a ser monitoradas pelo SGB novas áreas nas bacias dos rios Grande, Paranapanema, Tietê e Ribeira do Iguape, em São Paulo. A operação e a manutenção das estações estão previstas no Plano de Trabalho da RHN para o próximo ano, aprovado durante reunião entre as instituições, que se encerrou nesta quinta-feira (7) e foi realizada no escritório do SGB, no Rio de Janeiro (RJ). Conforme definido, o SGB assumirá o monitoramento de mais 24 estações fluviométricas – para medir o nível das águas e vazão dos rios – e 62 estações pluviométricas, que medem a quantidade de chuvas. Ao todo, 62 municípios serão contemplados pelas informações geradas, entre eles Sorocaba, Registro, Atibaia e Ribeirão Preto. Os dados gerados a partir da operação da RHN constituem séries históricas e são a base para a construção do conhecimento hidrológico do país, sendo disponibilizados ao público por meio do Sistema Nacional de Informações de Recursos Hídricos (SNIRH), administrado pela ANA. Segundo a diretora de Hidrologia e Gestão Territorial (DHT), Alice Castilho, o trabalho em conjunto com a ANA é “a maior parceria na área de monitoramento hidrológico do SGB”. A diretora ressalta que há um avanço no controle da qualidade de dados, e a expectativa é evoluir ainda mais. “Podemos avançar nessa parceria também na parte de sensoriamento aplicado à hidrologia e hidrometeorologia e em outras áreas”. O superintendente de gestão da Rede Hidrometeorológica da ANA, Marcelo Jorge Medeiros, ressalta a importância dessa atuação: “Essa parceria entre ANA e SGB se mostra como o motor da gestão de recursos hídricos e permite o fornecimento de informações relevantes, incluindo dados que ajudam na prevenção de desastres relacionados às cheias e secas. Isso é possível porque a gente só gerencia o que conhecemos”.
Foto: Victor Oliveira/SGB

Ampliação do conhecimento hidrológico

Com as novas atribuições, o SGB amplia em 40% a rede de monitoramento atualmente operada pela SUREG-SP, mantendo a responsabilidade pela manutenção e operação de cerca de 3,5 mil estações de monitoramento, que representam 80% da Rede Hidrometeorológica Nacional. Os estados contemplados pela operação da RHN são: Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Amapá, Pará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Ceará, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. De acordo com o supervisor da Gerência de Hidrologia e Gestão Territorial da Superintendência Regional de São Paulo (SUREG-SP), Ricardo Almeida, os dados básicos coletados na rede são fundamentais para “subsidiar gestores de recursos hídricos com dados de qualidade, contribuir com pesquisas aplicadas do SGB e de outros membros da comunidade científica, bem como promover a disseminação do conhecimento hidrológico para a sociedade em geral”.
Procedimento técnico de nivelamento topográfico da seção de réguas linimétricas de uma estação fluviométrica no Pará (Foto: SGB/Divulgação) Entre outras aplicações, as informações apoiam a gestão assertiva dos recursos hídricos, pesquisas, além de sistemas de prevenção de desastres, como os Sistemas de Alerta Hidrológico operados pelo SGB. Também podem ser aplicadas no dimensionamento de estruturas hidráulicas diversas, que permitem o aproveitamento dos recursos hídricos, seja para abastecimento humano, animal e industrial; agricultura; geração de energia; navegação e lazer.

Planejamento de atividades

Desde 1969, o SGB participa da implementação e operação da RHN. A partir do ano 2000, com a criação da ANA, além da operação, o SGB também realiza o planejamento, em parceria com a Agência. Para 2024, o SGB também incluiu no Plano de Trabalho: •Implantação e operação da Rede Hidrometeorológica Nacional de Referência (RHNR); •Operação de estações piezométricas em sistemas aquíferos de bacias brasileiras e análise preliminar dos dados; •Capacitação técnica dos profissionais envolvidos nas atividades de campo e de escritório; •Estudos e pesquisas de interesse das instituições.
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