RS: Guaíba voltará a subir e ficará acima da cota de alerta 

17/06/2024 às 21h00
 | Atualizado em: 18/06/2024
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Serviço Geológico do Brasil monitora, em tempo real, estação da capital gaúcha

Porto Alegre (RS) – O retorno das chuvas na região norte do Rio Grande do Sul voltou a causar inundações em algumas cidades e, nos próximos dias, o Guaíba também deve ser impactado pelo volume de águas que chega de outros rios. No cenário mais grave, o nível deve ficar acima da cota de alerta (3,15 m) entre quarta (19) e sexta-feira (21).

Atualmente, o Guaíba está na marca de 2,8 m, na estação da Usina do Gasômetro, conforme indica monitoramento em tempo real realizado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), por meio do Sistema de Alerta Hidrológico. “Estamos observando elevação rápida nos rios que deságuam no Guaíba, como Caí, Taquari, Sinos, Jacuí e Gravataí. Em algumas estações monitoradas, os níveis já estão acima da cota de inundação. Esse volume de águas desaguará, nos próximos dias, no Guaíba e gera um cenário de alerta para toda a Região Metropolitana de Porto Alegre”, explica a chefe do Departamento de Hidrologia do SGB, Andrea Germano. 

A previsão foi feita pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com base nos modelos hidrológicos e hidrodinâmicos. Todas as previsões dos modelos têm como fonte de dados as estações da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), operadas (e recentemente recuperadas) pelo SGB.


Níveis recordes 
O Guaíba registrou o pico no dia 4 de maio, quando atingiu máxima histórica de aproximadamente 5,3 m. O segundo pico, em torno de 5,2 m, ocorreu no dia 14 de maio. Após esse episódio, iniciou um lento processo de descida, com repiques. O menor nível (2,48 m) foi registrado na última sexta-feira (14). 

Com ajuda dos cidadãos, novo aplicativo indica áreas de risco
O SGB lançou o aplicativo Prevenção SGB, que permite aos cidadãos terem informações sobre áreas de risco em mais de 1,7 mil municípios mapeados. De forma simplificada, é possível identificar os locais onde existe a probabilidade de ocorrer desastres, como inundações, enxurradas, deslizamentos de terra e quedas de blocos.

Além disso, o app é colaborativo: as pessoas podem cadastrar as ocorrências de eventos geológicos a partir de fotos, vídeos e uma breve descrição. As informações  irão compor uma base nacional de dados sobre eventos de desastres no Brasil, contribuindo para o fortalecimento das ações de prevenção, enfrentamento e resposta.

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