Ressonância Magnética Nuclear: método inovador ajuda a identificar locais com potencial para produtividade de água

23/10/2023 às 00h00
 | Atualizado em: 01/03/2024
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Resultados preliminares de projeto de PD&I coordenado pelo Serviço Geológico do Brasil e parceiros foram apresentados, na quarta-feira (18), durante 18º Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Geofísica

 Pesquisador do CGA Oderson de Souza Filho apresentou dados no evento
O uso de Ressonância Magnética Nuclear (MRS) pode gerar contribuições importantes para projetos de hidrogeologia e ajudar na identificação de locais com potencial para produtividade de água. É o que indicam resultados preliminares do projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) “Apoiando o Abastecimento Sustentável de Água Subterrânea no Brasil/Supporting Sustainable Groundwater Supply Management in Brazil”. Os dados da iniciativa, coordenada pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), foram apresentados na quarta-feira (18), no estande da Hasageo-Hasahill, durante o 18º Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Geofísica. “Testes nas regiões Norte e Sudeste e Sul do Brasil confirmaram que o método funciona sob condições brasileiras. Ele permite localizar áreas de armazenamento de água a uma profundidade até 80-100 metros”, relata o pesquisador do Centro de Geociências Aplicadas do SGB (CGA/SGB), Oderson de Souza Filho, coordenador do projeto. Os estudos foram desenvolvidos em parceria com o pesquisador russo Anatoly Legtchenko, da Université Grenoble Alpes e do Institut de Recherche pour le Développment da França. Com os estudos no Amapá, foi possível constatar a ausência de camadas aquíferas a profundidades inferiores a 80 metros da superfície. A empresa de abastecimento de água foi direcionada a prever a perfuração de poços mais profundos. Fraturas com alto fluxo de água foram identificadas em calcários do Norte de Minas Gerais. No Paraná, o proprietário da terra perfurou um poço de água adequado às suas necessidades, com base nos dados combinados de MRS e eletrorresistividade.
Método inovador

Essa é a primeira vez no Brasil que se utiliza Ressonância Magnética Nuclear em projetos de hidrogeologia. O equipamento, vindo da França, permite identificar locais com potencial para produtividade de água em ambientes geológicos sedimentares e cársticos. Porém possui limitações na presença de rochas magnéticas ou nas proximidades de fontes de emissão de energia em áreas urbanas, industriais ou redes elétricas, pois interferem no sinal de resposta provenientes da rocha. Participam do projeto pesquisadores da Université Grenoble Alpes, Queen’s University Belfast, Universidade de São Paulo, Universidade Federal do Paraná e no Amapá: IEPA, IFAP. Financiamento do Newton Fund (#537134315); Fundação Araucária (PIN2020141000001); Université Grenoble Alpes (LabEx OSUG@2020 ANR10 LABX56). Apoio técnico logístico no SGB: Superintendências Regionais de Belém e de Belo Horizonte; Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial (DHT); Divisão de Sensoriamento Remoto e Geofísica (DISEGE) e Iris Instruments-França.
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