Disseminar e divulgar projetos e boas práticas dentro da empresa, a fim de promover o diálogo e compartilhar conhecimento entre os colaboradores. Este foi o objetivo do quarto Fórum da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial, apresentado na última quarta (28). A diretora da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial (DHT), Alice Castilho, abriu o encontro e ressaltou a diversidade de produtos e iniciativas no evento. Juntas, as regionais de Recife e Belém expuseram quatro trabalhos.

Representando a Superintendência de Recife (SUREG-RE), a pesquisadora em Geociências, Keyla Almeida dos Santos, apresentou o Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia Mundaú. O rio Mundaú é de dominialidade da União e tem suas nascentes no Estado de Pernambuco, com 52% da área, e sua foz no Estado de Alagoas, com 48% restante. Ela ressaltou a importância do monitoramento da bacia, que tem apenas 4.150km2 de área de drenagem e possui uma resposta rápida às chuvas com intensidades iguais ou maiores que 50mm/24h; nestas situações os níveis dos rios aumentam em pouco tempo. Em 2022, a bacia do rio Mundaú enfrentou a segunda maior cheia, atrás apenas dos eventos de 2010.




Parceiro da mesma regional, o geólogo Gilmar Pauli Dias palestrou sobre os atendimentos emergenciais e pós-desastre, realizados pelo Serviço Geológico do Brasil, em três municípios de Pernambuco e, especialmente, em Pilar (AL). O último município, que enfrentou o começo das rachaduras em agosto, foi o ponto focal da apresentação do pesquisador.
O impacto da utilização de curvas-chave - técnica hidrológica que determina a relação nível-vazão numa determinada seção de um rio. Dado o nível do rio na seção para a qual a expressão foi desenvolvida, obtém-se a vazão. Não é apenas o nível da água que influencia a vazão: a declividade do rio, a forma da seção (mais estreita ou mais larga) também alteram a vazão, ainda que o nível seja o mesmo. - foi o assunto abordado pelo primeiro palestrante da unidade de Belém, o pesquisador em Geociências, João Batista Marcelo de Lima. Em sua fala, o pesquisador apresentou os principais impactos dos trabalhos realizados pela hidrologiana regional. Ressaltou, também, a importância da geração e difusão de conhecimento confiável para a sociedade: de acordo com ele, “não existe gestão sobre o desconhecido”, ressaltando a importância do monitoramento contínuo e da necessidade de realização de medições de descarga líquida para atualização e validação das curvas-chave
O último palestrante, o pesquisador Raimundo Almir Costa Conceição, coordenador das Cartas de Suscetibilidade e Cartas Geotécnicas, da SUREG-BE, demonstrou o uso das ferramentas Model Builder e o Processo Analítico Hierárquico (AHP). As técnicas otimizam a caracterização de áreas adequadas para instalação de aterros sanitários, considerando as normas da ABNT. Um dos comentários decorrentes de sua apresentação foi a possibilidade de utilizar os recursos na produção das Cartas de Suscetibilidade.




O encontro foi intermediado por Pedro Augusto Santos Pfaltzgraff, coordenador do Programa de Capacitação; Mariana Dias Villas Boas, do Departamento de Recursos Humanos; Robson de Carlo, gerente de Hidrologia e Gestão Territorial de Recife; e Homero Reis de Melo Júnior, gerente de Hidrologia e Gestão Territorial de Belém.

Retorno social dos projetos

Em sua fala, Keyla Almeida dos Santos destacou o impacto das atividades da operação do Sistema de Alerta da Bacia do rio Mundaú, especialmente no processo de criar familiaridade entre a população e o Sistema de Monitoramento e Previsão hidrológica. Ressaltou, também, que o SGB-CPRM ficou mais conhecido entre a comunidade e a mídia, o que interfere de forma positiva no acolhimento local.
O próximo Fórum DHT entre as regionais está previsto para acontecer na última semana de outubro.

Maria Alice dos Santos Serviço Geológico do Brasil - CPRM Ministério de Minas e Energia imprensa@sgb.gov.br