No Dia Mundial da Agricultura, em 20 de março, SGB reforça a importância da iniciativa que busca identificar minerais e rochas com potencial para serem fontes de insumos e produtos agrícolas

A atuação do Serviço Geológico do Brasil (SGB) contribui para o desenvolvimento do setor agrícola do país. Neste Dia Mundial da Agricultura, celebrado em 20 de março, o SGB reforça a importância do Programa Levantamento do Potencial Agromineral do Brasil para fortalecer a atividade, uma iniciativa coordenada pela Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM). Por meio de projetos realizados nos estados, o SGB busca mapear fontes minerais e rochas silicáticas próprias para a nutrição de plantas, condicionamento e melhoria de solos. Agrominerais silicáticos é o termo que designa minerais silicáticos que podem ser utilizados na produção de fertilizantes adequados para a remineralização de solos ou rochagem. "Essa técnica consiste em devolver aos solos, com uso de rochas apropriadas, os minerais lixiviados ao longo da evolução do solo ou pelo uso agrícola intensivo”, explica Magda Bergmann, pesquisadora em geociências e geóloga da DGM do SGB. Para serem usados como remineralizadores aplicáveis diretamente nos solos, minerais e rochas silicáticas devem estar na forma de pó, e a normatização estabelece categorias para a granulometria dos produtos. O uso das fontes de agrominerais silicáticos reduz a dependência de insumos fertilizantes de outros países. Em 2021, 90% dos insumos para agricultura foram importados, conforme dados apresentados no IX Congresso Brasileiro de Soja e Mercosoja 2022. A situação deixa os produtores à mercê dos altos preços praticados e da disponibilidade dos produtos. O Programa do SGB também contribui para a sustentabilidade de processos produtivos, considerando que, muitas vezes, as fontes minerais identificadas estão entre resíduos descartados na cadeia da mineração ou construção civil. “Nesse caso, podem constituir subprodutos da atividade mineral, tornando esta atividade mais lucrativa e aproveitando o que seria um passivo ambiental, em pilhas que ocupam espaços que poderiam ser destinados a outros usos do solo”, avalia a geóloga Magda Bergmann. Após os estudos, a pesquisadora esclarece que são produzidos relatórios, os quais são disponibilizados no Repositório Institucional de Geociências (Rigeo). “Os minerais e rochas (próprios para a técnica de remineralização de solos) são caracterizados quanto à composição química, mineralogia e quanto às reservas, e indica-se onde estas se encontram, sua quantidade aproximada e possibilidades de incremento ao longo do tempo”, esclarece. Atualmente, o SGB integra uma rede que disponibiliza consultas aos setores produtivos interessados no mercado de fertilizantes silicáticos. "Os pesquisadores também trabalham em parceria com a Embrapa e encaminham rochas para testes agronômicos, de maneira a sermos mais assertivos na recomendação dessas fontes”, acrescenta Magda Bergmann. É importante destacar que o SGB mantém um canal de consulta e atendimento aberto e gratuito aos consumidores e produtores: o Agrominerais do Brasil, que pode ser acessado através do link: https://www.cprm.gov.br/remineralizadores/. Nele podem ser encontrados conceitos básicos, bibliografia e até um mapa dos remineralizadores de solo certificados pelo MAPA no Brasil. Ficou interessado? Fale conosco pelo e-mail: remineralizadores@sgb.gov.br. Núcleo de Comunicação Serviço Geológico do Brasil Ministério de Minas e Energia Governo Federal imprensa@sgb.gov.br