Novos modelos de Inteligência Artificial para monitoramento de grandes aquíferos são apresentados no primeiro dia do XXII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas

02/08/2022 às 00h00
 | Atualizado em: 01/03/2024
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Em sua apresentação, Clyvihk Camacho abordou novos modelos de Inteligência Artificial que contribuem para espacializar águas subterrâneas no Brasil

O Aquífero Bauru-Caiuá é um importante manancial que ocupa 40% do estado de São Paulo. Com área total de mais de 370 mil km2, possui cerca de 80 mil poços cadastrados no Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS), do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM). Com o objetivo de compreender os desafios da aproximação do nível estático (NE) médio, em grandes aquíferos, o pesquisador em Geociências do SGB-CPRM, Clyvihk Renna Camacho, palestrou, na tarde desta terça-feira (05), sobre ‘Avaliação da Capacidade de Modelos de inteligência Artificial para Espacialização do Nível Estático Médio no Aquífero Bauru-Caiuá, Brasil’, durante o XXII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas (CABAS), em São Paulo.
A apresentação abordou novos modelos de Inteligência Artificial (IA) que contribuíram para o surgimento de novas ferramentas, cuja finalidade é aproximar valores da variação de níveis estáticos ou dinâmicos - com precisão - das águas subterrâneas. Para isso, foram utilizados dados de satélites da agência americana de Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA); da Rede Integrada de Monitoramento de Águas Subterrâneas (RIMAS), bem como do Mapa Hidrogeológico do Brasil. “Com base nesses dados, conseguimos especializar o armazenamento dos aquíferos monitorados pela RIMAS, em boa parte do Brasil”, afirmou Clyvihk Camacho.
Ele explicou que Métodos de Aprendizado Profundo (Deep Learning – na sigla em inglês) são utilizados para prever o comportamento das águas subterrâneas em várias partes do mundo, apresentando superioridade a modelos numéricos tradicionais em diversas aplicações. “No estudo de grandes aquíferos, a aproximação do nível estático (NE) médio é um grande desafio, já que o reconhecimento hidrogeológico dessas áreas é feito por meio de redes de monitoramento esparsas ou mesmo estudos pontuais, não tendo uma continuidade lateral para as observações de níveis estáticos”, avaliou o pesquisador informando, também, que o Aquífero Bauru-Caiuá se enquadra nessa situação.
Em sua fala, Clyvihk apresentou estudos e pesquisas provando que é possível aplicar modelos de IA para espacializar o NE nas áreas apontadas. “Para o aquífero Bauru, por exemplo, os resultados demonstram boa aproximação dos valores de nível estático, a partir dos dados de entrada”, concluiu.
O XXII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas teve início nesta terça-feira (02) e se estende até o dia 5 de agosto.
Thais Souza
Assessoria de Comunicação Serviço Geológico do Brasil - CPRM Ministério de Minas e Energia imprensa@cprm.gov.br

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