Iniciativas, financiadas pelo CNPq e pela FAPERJ, irão contribuir para disseminação do conhecimento geocientífico

O acervo paleontológico e biológico do Museu de Ciências da Terra (MCTer), do Serviço Geológico do Brasil (SGB), está em processo de recuperação. As ações para melhoria das coleções e da estrutura física são realizadas por meio de dois projetos: “Salvamento das Coleções de Invertebrados do Museu de Ciências da Terra: Ações de Curadoria, Conservação e Divulgação” e “Recuperação e Digitalização do Acervo Paleontológico e Neontológico do Museu de Ciências da Terra (Serviço Geológico do Brasil – CPRM)”. As iniciativas possibilitarão a conservação e reorganização dos exemplares, além da digitalização do acervo e impressão tridimensional (3D). Desse modo, contribuirão para ampliar o acesso do público ao acervo e para disseminação do conteúdo geocientífico. “O MCTer é responsável pelo maior acervo paleontológico e geocientífico do país, estimado em até 500 mil exemplares fósseis e recentes, grande parte ainda a ser estudada e catalogada”, relata o paleontólogo Rafael Costa, curador do MCTer e responsável pelos projetos. O projeto, com foco no salvamento das coleções de invertebrados, implementado em agosto de 2022, é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). Com as ações, serão catalogados exemplares e recuperados outros que estão em condições inapropriadas de acondicionamento. “Estas ações permitirão ampliar consideravelmente o número de exemplares disponibilizados, atualizar as informações científicas relacionadas aos exemplares das coleções e melhorar a qualidade dos dados, além de modernizar a estrutura de documentação e acesso público aos dados”, explica o paleontólogo. Mais de 50 mil fósseis já foram catalogados. As ações devem seguir até 2024.
Já o projeto para recuperação e digitalização do acervo paleontológico e neontológico é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A iniciativa foi aprovada em dezembro de 2022 e está em andamento. “A conservação e reorganização do acervo do MCTer devem ter como principal resultado a segurança das coleções e a disponibilização física e digital a exemplares que até então se encontravam inacessíveis por falta de catalogação ou espaço físico adequado para salvaguarda”, explica Costa. O MCTer prevê também a produção de publicações de divulgação científica. Outra ação a ser realizada no âmbito do projeto é a impressão em 3D de exemplares científicos do MCTer e de outras instituições, para serem usados em ações expositivas e educativas. “Esses modelos podem ser tocados e manipulados e, assim, replicar características dos exemplares originais e permitir maior interação do público com materiais científicos importantes e raros”, explica Costa. A digitalização tridimensional também permitirá a preservação dos dados e a formação de acervo de modelos digitais de fósseis, o que será importante para pesquisas e subsidiará a implantação de um laboratório de imageamento e impressão 3D.
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