Mapeamento geoquímico pode colaborar com a cartografia geológica e a exploração mineral

28/08/2023 às 00h00
 | Atualizado em: 01/03/2024
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O trabalho faz parte do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado entre os Serviços Geológicos do Brasil e da China



Realizado a partir do Programa Geologia, Mineração e Transformação Mineral e da Ação Avaliação dos Recursos Minerais do Brasil, o Serviço Geológico do Brasil (SGB), por meio da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM), concluiu o Mapeamento Geoquímico da Folha de Piatã – Sedimento Ativo de Corrente, situada na porção central do estado da Bahia, no domínio fisiográfico da Chapada Diamantina.
O trabalho está vinculado ao Projeto Geologia, Recursos Minerais e Metalogenia Regional dos Principais Depósitos de Formações Ferríferas Bandadas no Cráton São Francisco e Cinturões Proterozoicos Marginais Orientais, Brasil, objeto do acordo de cooperação firmado entre os Serviços Geológicos do Brasil e da China, visando o treinamento, com base na permuta de conhecimento, em mapeamento e amostragem geoquímica, investigações laboratoriais, além de tratamento e a interpretação de dados.
Tendo como objetivo principal, o mapeamento geoquímico adota os procedimentos de amostragem, analíticos e de tratamento e interpretação dos dados utilizados nas duas instituições. A iniciativa visou delinear o relevo geoquímico da área a partir dos dados analíticos de amostras de sedimento de corrente, obtidas em diferentes densidades amostrais e submetidas a extrações ácidas diversas, além de comparar e apontar as vantagens e desvantagens das diferentes metodologias empregadas para finalidades distintas.
Acompanhando esse propósito, o trabalho ainda derivou em uma dissertação de mestrado que focou na variação do background geoquímico, a partir de diferentes frações granulométricas do sedimento de corrente.
A iniciativa visa mapear a área a partir dos dados analíticos das amostras de sedimento de corrente, submetidas a diferentes extrações ácidas, visando estabelecer comparações e apontar as vantagens e desvantagens entre as diferentes metodologias empregadas nas duas instituições. O objetivo é o treinamento com base na permuta de conhecimento sobre mapeamento e amostragem geoquímica, investigações laboratoriais, bem como o tratamento e a interpretação de dados.
No documento são apresentados mapas para os diversos elementos químicos analisados sob as diferentes metodologias, além de mapas de associações multielementares que, juntos, subsidiam a cartografia, delineando unidades litológicas e apontando áreas com maior favorabilidade a ocorrência de mineralizações.
Os resultados confirmam a presença de associações geoquímicas em depósitos minerais, previamente identificados como ouro, estanho e bário, e a possibilidade de depósitos (Fe, Mn, Sn, Nb, Ta e W) ainda poucos conhecidos pela cartografia geológica, pelos estudos metalogenéticos e pela pesquisa mineral. Além disso, a caracterização geoquímica permitiu apontar a ação da atividade antrópica na área, em diferentes proporções, o que pode auxiliar em estudos comparativos ambientais futuros.
Em síntese, o mapeamento geoquímico regional pode colaborar com a cartografia geológica, a exploração mineral, a agricultura e uso da terra, além de ações de rastreio e mitigação de problemas ambientais, configurando um relevante instrumento de apoio à formulação de políticas públicas voltadas ao setor mineral, como na definição de critérios de seleção de áreas e consequente redução do risco exploratório, além de sua grande importância para o planejamento de ações na área ambiental.
Acesse aqui mais informações sobre o Mapeamento Geoquímico da Folha de Piatã – Sedimento Ativo de Corrente.
Veja também a dissertação sobre “A influência da fração granulométrica na distribuição dos elementos químicos em sedimentos de corrente, região de Piatã (BA)”, clique aqui.
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil Ministério de Minas e Energia Governo Federal imprensa@sgb.gov.br

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