Ferramenta ajuda empresas e pesquisadores a direcionar esforços para áreas com maior potencial de descoberta

Brasília (DF) – O Serviço Geológico do Brasil (SGB) lançou recentemente o "Mapa de Favorabilidade para Grafita: Província Grafítica Bahia-Minas”. No estudo, foram identificadas quatro minas ativas, 14 pontos de ocorrência de grafita e 114 pontos de indícios do mineral. Esse trabalho faz parte da "Ação Avaliação dos Recursos Minerais do Brasil".

O mapa revelou faixas de maior favorabilidade no domínio das rochas do Complexo Jequitinhonha, além de abranger regiões já conhecidas pela produção de grafita, como as minas da Nacional de Grafite, Grafite do Brasil e Graphcoa.

O trabalho foi elaborado com base em uma abordagem multiescalar e multitemporal, destacando processos geológicos fundamentais para a formação e preservação dos depósitos de grafita ao longo do tempo. 

Acesse aqui o mapeamento. 

Saiba mais sobre a grafita

A grafita é um mineral de carbono cristalino com alta condutividade térmica e elétrica, lubrificação natural e resistência ao calor e à corrosão, tornando-se essencial em diversas indústrias. Na eletrônica, é um componente-chave das baterias de íon-lítio usadas em carros elétricos, celulares e laptops, além de ser aplicada em supercapacitores e dispositivos de armazenamento de energia.

Na siderurgia, é usada na produção de eletrodos para fornos a arco elétrico e em cadinhos para fundição de metais. Também está presente na fabricação de lápis, lubrificantes, graxas industriais e como aditivo em plásticos e borrachas para melhorar resistência e condutividade.

No setor aeroespacial, compõe materiais para naves e aeronaves devido à leveza e resistência térmica, além de ser usada em escudos térmicos e peças de reatores nucleares. Na construção civil, integra tintas condutivas, revestimentos anticorrosivos e isolantes térmicos e acústicos.

A grafita também é a matéria-prima do grafeno, material inovador com aplicações promissoras na eletrônica, biomedicina e telecomunicações. O papel estratégico do minério cresce com o avanço da mobilidade elétrica e da transição energética global.

Simone Goulart
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
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