Instruções para uma expansão territorial bem planejada: o papel das cartas geotécnicas de aptidão à urbanização

19/09/2022 às 00h00
 | Atualizado em: 01/03/2024
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Técnico do SGB-CPRM em trabalho de campo para a carta geotécnica de aptidão à urbanização de Manaus (AM)
As cartas geotécnicas de aptidão à urbanização são documentos cartográficos produzidos pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), que caracterizam os terrenos do ponto de vista geológico-geotécnico, e definem as aptidões à ocupação ou expansão de área urbana. O objetivo é fornecer subsídios aos gestores municipais para a execução de obras de engenharia em áreas urbanas, de modo a evitar danos físicos ou materiais causados por desastres naturais, com o mínimo de impacto possível e com o maior nível de segurança para a população.
A produção das cartas tem início a partir do levantamento de dados do local, obtidos pelas bases já existentes, reuniões com gestores locais e trabalhos de campo. São observados sua geologia, relevo, solo, hidrografia, entre outros aspectos, a fim de classificar o quão apta a região está para uma expansão urbanística.
Após o levantamento dos dados, as informações coletadas são interpretadas em laboratórios do SGB-CPRM, fomentando a elaboração de relatórios, layout das cartas e a sua publicação. Por meio desse processo, é possível saber a propensão do terreno a ocorrências como deslizamentos de terra, enchentes, erosão e enxurradas.
Ao final do trabalho, a competência definida para a área pode ser representada por três cores: verde, representando alta aptidão à ocupação; amarela, para locais com média aptidão ou que podem ser ocupados com restrições que devem ser respeitadas; e vermelho, classificando regiões que não devem ser habitadas. O coordenador das cartas geotécnicas de aptidão à urbanização, Almir Costa, afirma que os documentos “são fundamentais para que um município possa crescer e expandir a área urbana de forma ordenada, reduzindo a geração de potenciais áreas de risco”.
Almir explicou que para receber uma carta geotécnica de aptidão à urbanização, o município interessado deve fazer uma solicitação formal ao SGB-CPRM para o mapeamento. Atuando nessa produção desde 2017, a empresa já elaborou 12 cartas de cidades do Amazonas, Espírito Santo, Minas Gerais, Piauí e Rio de Janeiro.
“Atualmente estamos desenvolvendo quatro cartas, para os municípios de Peruíbe (SP), Castelo (ES), Santa Maria de Itabira (MG) e Brasília (DF), com entrega prevista para o final de 2022” comentou, Costa, sobre as entregas futuras do SGB-CPRM.
Amanda Rosa
Assessoria de Comunicação Serviço Geológico do Brasil - CPRM Ministério de Minas e Energia imprensa@cprm.gov.br

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