De acordo com o documento, um aumento sustentável na produção aurífera exigirá investimentos em áreas conhecidas e pesquisas em fronteiras minerais, como as do Cráton Amazônico
O Ciclo do Ouro no Brasil, impulsionado pelo fenômeno mercantilista europeu durante o século XVIII, sob o domínio de Portugal, marcou o fim do Ciclo do Açúcar. Esse "surto aurífero" contribuiu para a interiorização do país, impulsionou o desenvolvimento de cidades no Sudeste e Centro-Oeste, aumentou o fluxo de mão de obra e financiou a Revolução Industrial inglesa. Atualmente, o ouro é tratado como mercadoria ou moeda, sendo negociado nas principais bolsas mundiais, como opção de diversificação e proteção contra a inflação. O Informe de Recursos Minerais (IRM) Economia Mineral do Ouro, produzido pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), como parte do Programa Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (MME), compila dados históricos e atuais para compreender a economia mineral do ouro brasileiro. De acordo com o informe, entre os desafios significativos, a invasão de terras indígenas por garimpeiros ilegais é o mais destacado, especialmente em províncias auríferas como Tapajós, no Cráton Amazônico. Relatórios da Febrageo (2020) apontam riscos em áreas de fronteira mineral, como "Cabeça do Cachorro", no noroeste do Amazonas, e na Província Juruena–Teles Pires, no norte do Mato Grosso, destacando problemas como desflorestamento, destruição da fauna e abandono estatal. Estudos conjuntos, envolvendo a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ibama, ICMBio e Ministério Público Federal, evidenciam crimes ambientais relacionados ao avanço do garimpo ilegal em terras indígenas, apontando que 49 toneladas de ouro têm origem nessa prática. Métodos ilegais, como "títulos minerários fantasmas" e exploração além dos limites permitidos pela Agência Nacional de Mineração (ANM), causam um prejuízo socioambiental significativo, equivalente a 116% do faturamento de ouro em 2021. As áreas produtivas no Brasil continuam as mesmas desde o período colonial, destacando províncias minerais em estados como Minas Gerais, Goiás, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Amapá. O Cráton Amazônico, desde os séculos XIX e XX, se destaca como fronteira mineral. O informe indica que o aumento sustentável na produção exigirá investimentos em áreas conhecidas desde o Ciclo do Ouro e pesquisas em fronteiras minerais, como as do Cráton Amazônico. Em resumo, é fato que, para alcançar excelência no setor – comparável ao Canadá e à Austrália – é fundamental que o poder público controle a ação criminosa nas áreas mais promissoras para a expansão do comércio aurífero brasileiro. Clique aqui e saiba mais sobre o Informe Economia Mineral do Ouro. Núcleo de Comunicação Serviço Geológico do Brasil Ministério de Minas e Energia Governo Federal imprensa@sgb.gov.br
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