Gestão das águas: estudo do Serviço Geológico do Brasil gera dados inéditos sobre o potencial hidrogeológico de Manaus
Funcionalidades do Sistema
Gestão das águas: estudo do Serviço Geológico do Brasil gera dados inéditos sobre o potencial hidrogeológico de Manaus
02/10/2023 às 00h00
| Atualizado em: 01/03/2024

Gestão das águas
Durante o seminário, a superintendente de Planos, Programas e Projetos da ANA, Flávia Carneiro, enfatizou que o conhecimento é a base para a tomada de qualquer decisão: “A ANA e o SGB têm o dever de contribuir com informações hídricas sobre o município. Manaus teve um avanço significativo no que tange à execução de políticas públicas para águas subterrâneas, e esperamos que, após a adesão ao Pacto pela Governança da Água, nós e o estado possamos reunir todas as agendas de gestão de recursos hídricos”, disse. O presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), Juliano Valente, espera que, com as informações fornecidas pelo SGB, haja uma mudança na política de outorga dos poços artesianos da cidade: “Somos uma capital industrializada e utilizamos muito os recursos hídricos. Subsidiados pelos estudos, poderemos desenvolver e implementar políticas direcionadas não somente para consumo humano, mas também para as indústrias da Zona Franca de Manaus. Nós utilizamos a água subterrânea de maneira indiscriminada, tivemos vários problemas e ainda sentimos o reflexo dessa má utilização”, afirmou o presidente. Apresentações Técnicas
No Seminário, os pesquisadores em geociências do SGB realizaram apresentações técnicas sobre temas relacionados aos estudos. Marcelo Motta e Miquéas Barroso apresentaram as características do meio físico (solo, clima, recursos hídricos, minerais e relevo) de onde se encontram as bacias hidrográficas do município, abordando os fatores ambientais, de uso e ocupação de terra e solos. A engenheira hidróloga Luana Lisboa conduziu a apresentação Hidrologia e Balanço Hídrico. Na ocasião, detalhou o volume de recursos hídricos, avaliando a precipitação e a evapotranspiração, considerando a capacidade de armazenamento de água no solo e na atmosfera, além da demanda da população por água. Outro tema abordado foi: Hidrogeologia, Testes de Aquífero, Reservas, Balanço e Modelo Hidrogeológico. A geóloga Janaína Miranda destacou que as informações do balanço hidrogeológico mostram a relação entre a reserva explotável e saídas de água (bombeamento). Esses dados permitem ao município direcionar ações aos locais em que há déficit para evitar competição por água subterrânea local. Já os modelos conceitual e matemático apontam o entendimento da dinâmica das águas na região e a projeção dos cenários em uma perspectiva de como estará o nível das águas subterrâneas com o aumento da demanda de água no futuro. Além disso, no seminário, foi feita apresentação de datação inédita das águas subterrâneas e o cenário de contaminação e poluição do Aquífero Alter do Chão. As informações, exibidas pela pesquisadora em geociências Priscila Silva, apresentam à gestão local áreas que merecem especial atenção na autorização para perfuração de novos poços, de modo a garantir à população acesso a água de qualidade para consumo. Para finalizar as apresentações do SGB, os pesquisadores Roberto Kirchheim e João Diniz falaram sobre a gestão dos recursos hídricos, enfatizando a importância de tratar a água como um bem finito. Eles também apresentaram técnicas para perfuração de poços tubulares na cidade.
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil Ministério de Minas e Energia Governo Federal imprensa@sgb.gov.br