Estudos do Serviço Geológico do Brasil podem contribuir para solucionar crise no abastecimento de água em Rio Branco (AC)

04/07/2023 às 00h00
 | Atualizado em: 01/03/2024
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Pesquisadores irão verificar a viabilidade de projeto para perfuração de poços artesianos

Pesquisadores do SGB em reunião com o prefeito Tião Bocalom (ao centro). À direita Luiz Gustavo Rodrigues Pinto e João Diniz e à esquerda o chefe da Residência de Porto Velho do SGB (REPO), Amilcar Adamy

O Serviço Geológico do Brasil (SGB) realizará estudos que podem contribuir para ampliar o abastecimento de água em Rio Branco, capital do Acre. Diante do cenário de crise hídrica, a prefeitura pediu apoio do SGB para verificar a viabilidade de um projeto para perfuração de poços artesianos. A insuficiência de água para abastecimento humano é um problema que já dura mais de 20 anos no município. “Nessa situação, o SGB avaliará a melhor opção diante das possibilidades de se incrementar o abastecimento hídrico local, haja vista a insuficiência de águas superficiais”, explica o pesquisador João Diniz, chefe da Divisão de Hidrogeologia e Exploração do Departamento de Hidrologia da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial. Diniz antecipa que as condições hidrogeológicas na região, onde predomina o Aquífero Solimões, dificultam o projeto para perfuração de poços artesianos. As últimas reuniões para definir o apoio do SGB foram realizadas em junho, com a participação do prefeito, Tião Bocalom, e do chefe do DEHID, Frederico Peixinho. Trabalho de campo

Já foi realizado uma ação para reconhecimento geológico da área, liderada por João Diniz, pelo chefe da Residência de Porto Velho do SGB (REPO), Amilcar Adamy, e pelo pesquisador Luiz Gustavo Rodrigues Pinto, chefe da Divisão de Sensoriamento Remoto e Geofísica do Departamento de Geologia da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DISEGE/DIGEO/DGM). Os próximos passos do SGB serão a realização de investigações geofísicas, pelo método de eletrorresistividade, na tentativa de localizar alguma unidade aquífera no local. “Inicialmente, pretende-se fazer uma investigação geofísica até os 100-150 metros de profundidade, com o intuito de detectar camadas arenosas intercaladas nas argilas/folhelhos da Formação Solimões”, explica. Esse método permite identificar os elementos que estão no solo a partir de injeção de corrente elétrica, que irá medir a resistividade do meio. Cada material possui uma característica. As atividades de campo, para o levantamento geofísico, devem começar em agosto. Essa etapa deverá ter entre 15 e 20 dias de duração, seguida pela análise dos dados coletados. A expectativa é que, até novembro, possa ser emitido um parecer sobre as possibilidades hidrogeológicas do município.
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