Por meio dos projetos, o SGB gera informações de interesse público tanto para o poder público, quanto a comunidade científica e setor produtivo


As pesquisas desenvolvidas pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) no Piauí potencializam a produção mineral e contribuem para a gestão dos recursos hídricos, planejamento territorial e prevenção de desastres. Nesta quarta-feira (16), data em que a capital piauiense completa 171 anos, o SGB destaca a importância dessas iniciativas para impulsionar o desenvolvimento socioeconômico de todo o estado. Entre os projetos desenvolvidos, estão as avaliações em Áreas de Relevante Interesse Mineral, que buscam identificar localidades com potencial para aproveitamento de recursos minerais, seja pela presença comprovada de depósitos ou jazidas minerais, seja pelo alto potencial geológico reconhecido. Já foram desenvolvidos os estudos: Mapa Geológico do Estado do Piauí, Avaliação do Potencial Mineral da Região de São Raimundo Nonato, Faixas Marginais da Borda Noroeste do Cráton São Francisco (Piauí e Bahia), Faixas Marginais da Borda Noroeste do Cráton São Francisco (Piauí e Pernambuco) e Projeto de Avaliação Opalas Pedro II. O estado também já foi contemplado com levantamentos geológicos básicos das folhas: Curimatá –SC.23-Z-A-II ; Parnaguá, Rio Paraim, Mansidão ; Avelino Lopes SC.23-X-A-III; São Raimundo Nonato SC.23-X-D-II ; Bom Jardim SC.23-X-D-II; Peixe SC.23-X-D-I ; Fronteiras SC.24-Y-C-III ; Riacho Queimadas SC.24-V-A-I e Barragem SC.23-X-B-VI. Essas iniciativas ganharão reforço. Neste ano, o SGB e o governo do Piauí assinaram protocolo de intenções que possibilitará avanços em pesquisas e estudos relacionados às áreas das geociências e ao setor mineral. O acordo prevê ações conjuntas e compartilhamento de dados referentes aos recursos, reservas e produção mineral no estado.
Prevenção de desastres

A atuação do SGB é também essencial para prevenção de desastres e ordenamento territorial. No estado do Piauí, já foram realizados mapeamentos para identificação de áreas de risco geológico em 48 municípios. O SGB já entregou Cartas de Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa e Inundação a quatro cidades: Barras, Campo Maior, Esperantina e Teresina. Na capital, também foi elaborada a Carta Geotécnica de Aptidão à Urbanização Frente a Desastres Naturais. Além disso, o SGB realizou Avaliação Geotécnica dos Cânions do Rio Poti, no município de Buriti dos Montes, a Avaliação Geotécnica dos Atrativos Geoturísticos da Serra da Capivara. O objetivo é registrar e caracterizar as principais áreas suscetíveis a processos geológicos que possam oferecer riscos à segurança de turistas. Outro importante instrumento é o Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Parnaíba (SAH Parnaíba). Os municípios de Floriano, Luzilândia, Teresina, Esperantina e Barras são atendidos com boletins técnicos sobre os níveis dos rios nas estações monitoradas, bem como previsões de atingimentos de níveis críticos. Com as informações, é possível subsidiar a tomada de decisões para prevenir ou mitigar os impactos relacionados às cheias ou estiagens.
Gestão dos recursos hídricos

A Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN) e a Rede Integrada de Monitoramento de Águas Subterrâneas (RIMAS) são instrumentos importantes para a gestão de recursos hídricos. Por meio da RHN, coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), é possível monitorar dados sobre quantidade e qualidade das águas superficiais. A RIMAS permite ter dados sobre a quantidade e qualidade das águas dos aquíferos do estado. No Piauí, são 20 poços monitorados pelo SGB.
Aterros sanitários

Para contribuir com a melhoria das condições sanitárias e ambientais no estado, o SGB desenvolveu estudos para identificar áreas favoráveis à implantação de aterros sanitários nos municípios de União, Lagoa Alegre, Santa Cruz dos Milagres, São Miguel do Tapuio e Socorro do Piauí. A iniciativa promove o bem-estar da população e auxilia no atendimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos, que prevê o fim dos lixões até 2024.
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