Efeito da mineralogia na extração de cobalto e níquel de lateritas limoníticas brasileiras por biolixiviação e lixiviação é tema de artigo internacional
Efeito da mineralogia na extração de cobalto e níquel de lateritas limoníticas brasileiras por biolixiviação e lixiviação é tema de artigo internacional
Pesquisa sobre o projeto BioProLat aponta uma abordagem relativamente nova e promissora para desbloquear o potencial das lateritas limoníticas
Publicado no periódico Minerals Engineering, o artigo sobre o projeto BioProLat aponta o efeito da mineralogia na extração de cobalto (Co) e níquel (Ni) de lateritas limoníticas brasileiras via biolixiviação e lixiviação química. A investigação de lateritas com teores econômicos de níquel e cobalto oriundas do estado de Goiás e do Pará visa definir, entre os depósitos estudados, características mineralógicas que permitam o aproveitamento de cobalto e níquel através do processamento por biolixiviação. “O processamento de lateritas limoníticas, para produzir níquel e cobalto, é um desafio por conta da mineralogia complexa e heterogênea comum em lateritas, que consistem principalmente em minerais refratários de óxido de ferro, como goethita e hematita”, indica a publicação. Outra finalidade foi investigar se a biolixiviação anaeróbica ou aeróbica de lateritas limoníticas é mais eficiente e, assim, foram realizados experimentos de biolixiviação em cultura pura, enquanto a maioria dos estudos publicados utilizou culturas mistas. Além disso, foram realizadas análises mineralógicas quantitativas e abrangentes nas amostras, antes e depois dos experimentos de biolixiviação, a fim de compreender melhor o processo. A publicação indica que o processamento biohidrometalúrgico é uma abordagem relativamente nova e promissora, que pode viabilizar o potencial das lateritas ricas em cobalto e níquel. De acordo com o pesquisador do SGB, José Luciano Stropper, o estudo destaca que a eficiência da biolixiviação ou da lixiviação química de minérios lateríticos do Brasil depende fortemente da sua mineralogia: “Mesmo em amostras do mesmo depósito de minério mostraram diferenças substanciais, com consequências diretas no processamento do minério”, disse. Além disso, a extração de cobalto, baseada na biolixiviação redutiva, pode ser demonstrada com sucesso, enquanto a extração de níquel via biolixiviação requer melhorias adicionais. O estudo permite concluir ainda que lateritas com menor teor de ferro e fases minerais ricas em magnésio, como serpentina, apresentam melhor desempenho durante a biolixiviação redutiva. “A biolixiviação pode oferecer uma alternativa com eficiência econômica, baixo impacto ambiental e baixo risco operacional para recuperação de cobalto em jazidas de níquel laterítico. Dessa forma, pode aumentar a recuperação de metais em minas existentes ou que irão entrar em operação, minimizando drasticamente o volume de rejeitos limoníticos deste tipo de operação mineira, liberando assim novos recursos de matérias-primas”, informou Stropper. Pela primeira vez, as análises mineralógicas quantitativas das amostras de minério laterítico, em comparação com resíduos de biolixiviação, permitiram descrever quais fases minerais, com determinados teores de cobalto e níquel, foram dissolvidas no processo de biolixiviação, como ferramenta para otimização do processamento do minério. Acesse aqui o artigo completo.
Projeto BioProLat
O papel do SGB no Projeto BioProLat, iniciado em 2021, foi principalmente o contato com empresas brasileiras e a obtenção de amostras. Também foi responsável pelo apoio logístico às equipes nos trabalhos de campo e envio de amostras, além de ajudar na organização, interpretação e divulgação dos dados. O projeto visa redimensionar as técnicas de biolixiviação para uma escala semi-industrial, principalmente no que se refere às condições ambientais e biológicas para extração de cobalto, a partir de determinadas tipologias de minérios de depósitos de níquel lateríticos do Brasil. O BioProLat está alinhado a quatro Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), da Organização das Nações Unidas (ONU): trabalho decente e crescimento econômico; indústria, inovação e infraestrutura; consumo e produção responsáveis; e parcerias e meios de implementação. O projeto tem previsão de conclusão para janeiro de 2025. A sua realização é fruto de uma cooperação internacional, que reúne instituições como: Serviço Geológico do Brasil (SGB), Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), Brazilian Nickel PLC, Instituto Federal de Geociências e Recursos Naturais da Alemanha (BGR), Agência Alemã de Recursos Minerais (DERA) e a empresa GEOS, na Alemanha. Núcleo de Comunicação Serviço Geológico do Brasil Ministério de Minas e Energia Governo Federal imprensa@sgb.gov.br
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